O buraco que abriu pela terceira vez em dez meses, na madrugada desta terça-feira (1º), na Avenida Barão do Rio Branco, em Colina de Laranjeiras, na Serra, já é problema antigo e o secretário adjunto de Obras da Serra, Winker Denner, declarou que, por conta da recorrência do problema, pede perdão à população. A primeira cratera apareceu em dezembro de 2018, a segunda em fevereiro deste ano e a terceira agora em outubro.
É fato que aquilo ali está acontecendo pela terceira vez e, por isso, pedimos perdão à população da Serra e aos moradores do entorno. É o mínimo que podemos fazer. Houve uma avaliação inadequada de nossa parte, tratamos aquilo com o máximo de dedicação possível, mas parece que não foi suficiente. Vamos tratar de uma forma diferente, com mais seriedade. O que fizemos não foi suficiente, frisou.
O novo buraco abriu desta vez porque a rede de drenagem estourou, segundo o secretário. Da segunda vez, em fevereiro deste ano, a caixa de drenagem tinha rompido. Ele afirma que duas redes de captação de drenagem chegam naquele mesmo ponto. Ali, tem uma caixa que vai fazer a distribuição de água e, desta vez, uma estrutura fraca da tubulação se rompeu. A primeira etapa já começamos. Estamos cuidando da segurança no entorno. O processo vai continuar, disse o secretário.
Ele afirmou ainda que, nesta primeira fase, uma retirada de material será feita no local, em que vão identificar o ponto onde aconteceu o problema. Trata-se de um processo de manutenção da rede, mas tem que ser em urgência. Ainda não tem previsão de término porque das outras vezes fizemos com rapidez e deu nisso. Agora o serviço vai ser maior que o anterior, vamos ter que abrir uma linha de escoamento para essas águas, explicou.
Questionado pela reportagem de A Gazeta sobre o novo serviço, Denner afirma que com certeza será feito um sistema de galeria que dê dimensão suficiente para o escoamento das águas que chegam até o local. Essa tubulação que estourou é de algum tempo, já era antiga. São redes criadas há muito tempo que certamente não suportaram. Agora vamos fazer um serviço bem feito para não causar mais nenhum transtorno à população, finalizou.
De acordo com o engenheiro civil Jaime Oliveira Veiga, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), uma cratera abrir três vezes no mesmo lugar não é normal.
Se o engenheiro responsável faz um projeto técnico correto, ele vai saber que vai ter que fazer algo para quebrar a velocidade com que a água chega, para que não ocorra isso. Se ela chegar em uma velocidade x, isso acontece, disse.
Ele alega que a estrutura de uma tubulação de rede de drenagem é feita para resistir a uma pressão muito maior sem romper. Tem tubulação que precisa do que chamamos de ancoragem. Criamos um bloco de concreto para que a tubulação não vá embora com o esforço da água dentro dela. Se essa nova obra tiver um projeto tecnicamente correto, o engenheiro vai ter que seguir e, assim, não dará problemas.
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