Setembro chegou, o corte de verbas está mantido e as incertezas ainda rondam o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). A previsão de que a instituição só teria dinheiro para custear as despesas até este mês não mudou, mas o Ifes segue fazendo ajustes a fim de garantir a conclusão do semestre para os alunos.
O reitor do instituto, Jadir Pela, diz que o Ministério da Educação (MEC) mantém o bloqueio de 38% da verba para custeio - R$ 24 milhões dos R$ 64 milhões programados para o ano - e que nesta época já era para ter recebido 70% de todo o recurso de 2019, só que os repasses não chegaram a 60%. Assim, fechar as contas tem sido uma tarefa complexa.
"Existe uma defasagem. Continuamos fazendo nosso dever de casa de reduzir despesas, mas já estamos no limite. Cancelamos ou reduzimos cursos de capacitação, eventos institucionais, diárias, visitas técnicas de estudantes, componente fundamental na formação. Contratos que estão vencendo estamos reduzindo de tamanho e, assim, também diminuímos postos de trabalho de terceirizados", pontua Jadir, acrescentando que os ajustes vêm sendo feitos há três anos.
O reitor explica que a garantia do funcionamento do Ifes se dá quando o que é 'comprado' vai ser pago. E, no momento, não dá para fazer grandes projeções. "As atividades já foram, de algum modo, comprometidas. Mas estamos trabalhando para tentar reverter o corte, e também fazendo os ajustes, porque nossa prioridade é assegurar as atividades letivas de todos os alunos."
Em relação a bolsas, Jadir Pela disse que o Ifes está avaliando se entrarão na linha de corte, assim como aconteceu com a Ufes. Mas a expectativa é que possam ser mantidas, assim como a assistência estudantil.
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