Na manhã desta terça-feira (28) a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) anunciou a paralisação do processo seletivo deste ano. O motivo é a suspensão do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). De acordo com o comunicado, a Ufes vai aguardar um posicionamento definitivo do Ministério da Educação (MEC) para reformular o cronograma e o edital de matrícula para 2020.
Durante a semana passada, a Justiça Federal de São Paulo determinou a suspensão do Sisu em todo o país, após o término do período de inscrição, que se encerrou no último domingo (26). A decisão atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União, motivado pelos erros na correção de aproximadamente 6 mil provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Também como consequência, o Ministério da Educação suspendeu por tempo indeterminado a abertura de inscrições para o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que aconteceria nesta terça-feira (28), após o resultado do Sisu. A mesma situação também afeta o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), que estava previsto para ser aberto no dia 5 de fevereiro.
Em nota, a MEC afirmou que os cronogramas definitivos dos programas de acesso à educação superior serão publicados após decisão final da Justiça, tendo em vista que o resultado do Sisu é condição necessária para a inscrição no Prouni e no Fies. O mesmo também vai acontecer em relação ao retorno do processo da Ufes.
Também nesta terça-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou a respeito do entrave envolvendo o maior vestibular do país. Está complicado. Eu tenho conversado com o ministro Abraham Weintraub para ver o que está acontecendo. Não quero me precipitar e dizer o que deve ter acontecido no Enem.
Apesar da afirmação, Bolsonaro também revelou cogitar a possibilidade de o exame ter sido sabotado. De acordo com ele, é preciso saber se realmente foi falha nossa, se tem uma falha humana, sabotagem Seja lá o que for, temos que chegar no final da linha e apurar isso aí. Não pode acontecer isso, afirmou.
No último dia 20, o Ministério da Educação divulgou ter identificado erro na correção de 5.974 provas do Enem. No entanto, o MEC também recebeu 175 mil pedidos para revisão da nota. Ao todo, 3.9 milhões de estudantes participaram da última edição, realizada em novembro do ano passado.
Já em janeiro, a gráfica responsável pela impressão das provas informou que o erro aconteceu nos códigos de barra de identificação dos gabaritos, que relaciona o candidato à cor da prova feita por ele. O ministro da educação Abraham Weintraub também já admitiu o problema que só foi identificado após reclamações dos candidatos.
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