Um ato heroico marcou os últimos momentos de vida de Lucas Alves, atleta de taekwondo de 19 anos que morreu afogado na Praia de Itaparica. O atleta, que é de Brasília e veio acompanhar o sobrinho em uma competição no Espírito Santo, ajudou a salvar um colega de 13 anos que também começava a se afogar no mar. Para o pai desse menino de 13 anos, fica o sentimento de muito agradecimento.
"Todo sentimento de gratidão. Ele é uma pessoa muito boa. Além de ajudar, ficou dando calma. Mesmo em uma situação de muito desespero, ele permaneceu sereno", comenta o advogado Pedro Adrian.
Pedro, que também é de Brasília, estava na praia no momento do afogamento. Ele veio ao Estado para assistir aos filhos que também participaram da competição no Espírito Santo.
Lucas e dois filhos de Pedro, o de 13 e outro de 11 anos, foram surpreendidos por uma onda forte na Praia de Itaparica, que acabou carregando os três para dentro do mar. O advogado de Brasília tentou alertá-los sobre a força da água, mas quando correu para o mar, os três já tinham sido arrastados. Pedro conseguiu salvar o menino de 11 anos sozinho, mas contou com a ajuda de Lucas para retirar o filho mais velho.
"Eu empurrava o meu filho para fora e ele voltava. Quando chegou no último esforço, Lucas me ajudou a empurrar meu filho. Tentei tirar Lucas para fora, mas ele se afastou de mim. Eu já estava bebendo água e quase desmaiando ali dentro", lembra Pedro, muito abalado com a morte do atleta brasiliense. "Tem hora que a gente começa até a entrar em pânico. Me coloco no lugar da família de Lucas, eu que tenho sete filhos. É muito triste", lamenta.
A família do atleta morto enviou uma procuração, transferindo para o mestre de taekwondo Andreison Siqueira Gomes o poder de reconhecer oficialmente o corpo de Lucas, que está no Departamento Médico Legal, em Vitória. Esse reconhecimento deve ocorrer nesta quarta-feira (12). Amigos e familiares do jovem organizam uma vaquinha para arrecadar o dinheiro necessário para fazer o translado. A estimativa é que seja necessário pelo menos R$ 8 mil para levar o corpo para o Distrito Federal. Quem quiser ajudar a pagar o translado, pode fazer uma doação na conta corrente 264.003.174-5, agência 264 (Banco de Brasília), no nome do mestre.
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