O acúmulo de vegetação na areia da Praia de Itapoã, em Vila Velha, encontrado na manhã desta sexta-feira (07), pode estar relacionado com a formação do ciclone Kurumí, registrado no fim de janeiro no alto-mar do Espírito Santo.
Apesar de ser um fenômeno natural, a presença de uma quantidade grande de vegetação nas praias é intensificada após períodos de fortes ventanias. O fenômeno também foi registrado na água da Praia de Itaparica, sob a formação de uma mancha escura no mar.
De acordo com o professor de Oceonografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Agnaldo Martins, o material encontrado na praia é formado por algas arribadas. São algas que ficam presas a rochas, no fundo do mar e, sob pressão de ondas, se desprendem, sendo carregadas pelas correntes até chegar à areia.
O ciclone Kurumí, que se formou no alto-mar do Espírito Santo no dia 24 de janeiro, provocou ventos de 65km/h e ondas de até quatro metros. Segundo Martins, apesar de ter se formado longe da costa, o ciclone pode ter intensificado a força das ondas para desprender as algas das rochas.
"Essas ondas fortes podem ter retirado as algas do fundo do mar com mais intensidade, propiciando um aumento desse material. Como não tem para aonde ir, essa vegetação acabou sendo compactada na praia, gerando um acúmulo na areia", declarou.
De acordo com o pesquisador, apesar de se tratar de uma vegetação, as algas precisam ser retiradas da areia. Elas podem provocar mau cheiro ao entrar em decomposição.
Segundo a Prefeitura de Vila Velha, a limpeza na praia foi feita nesta sexta-feira (07).
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