O Conselho Gestor dos Sistemas de Transportes Públicos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTRAN-GV) decidiu, na manhã desta sexta-feira (3), reajustar em 4% o preço da passagem dos ônibus do Sistema Transcol. Com o aumento, o valor cobrado de segunda-feira a sábado nos ônibus convencionais vai passar de R$ 3,75 para R$ 3,90. Já a passagem no domingo salta de R$ 3,25 para R$ 3,40. Os novos valores passam a valer a partir deste domingo (5).
De acordo com o Governo do Estado, o reajuste se deve principalmente ao aumento no diesel e no salário de motoristas e cobradores, acordado em dezembro do ano passado. Além da inflação, houve o 5% de aumento no combustível, o reajuste salarial de 3,04% da classe rodoviária e a questão do material rodante, que também teve um acréscimo em 2019, afirmou o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno.
Os preços do seletivo passam a ser de R$ 6,35; R$ 6,95; e R$ 7,35, dependendo da linha (antes eram de R$ 6,05; R$ 6,65 e R$ 7,05). O valor do Bike GV sobe R$ 0,10, passando a ser de R$ 1,95. O conselho é formado por representantes do governo, das empresas de ônibus, dos estudantes, dos rodoviários e lideranças da sociedade. Na reunião, o único voto contrário ao aumento da passagem foi da liderança estudantil Raphael Reis, que representa o Diretório Central dos Estudantes da UFES.
De acordo com o governador Renato Casagrande, apesar de o percentual de reajuste da tarifa ficar acima dos 3,5% que serviram de base para o reajuste do salário dos servidores públicos estaduais, os 4% de aumento estão abaixo da inflação fechada para 2019, que foi de 4,05%. O chefe do Executivo destaca que o reajuste no valor da passagem é "adequado aos investimentos feitos neste ano no setor".
"Respeitou a inflação do período que foi de 4,05%. Nossa orientação para os representantes do governo que foram ao conselho é de que não fosse acima da inflação do período. Foi um reajuste técnico", explicou.
O último reajuste que entrou em vigor foi de 10,29%, quando a passagem diária passou de R$ 3,40 para o valor atualmente cobrado R$ 3,75. Na ocasião, o governo alegou que o Sistema Transcol tinha uma dívida de R$ 360 milhões.
O governo do Estado justificou que o realinhamento de preços era necessário para cumprir o contrato de concessão do sistema, assinado em 2014, que prevê reajustes anuais no mês de janeiro; o cumprimento do acordo judicial de reequilíbrio de contrato no valor de 13,55%; e a retomada dos investimentos no sistema.
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