O número de notificações de chikungunya em Vitória é 49 vezes maior de 1 a 23 de janeiro deste ano que no mesmo período de 2019. São 1.193 casos suspeitos da doença, já no período anterior foram 24 notificações, sendo duas confirmadas, segundo dados da Prefeitura de Vitória. A Grande São Pedro é a região com mais casos, sendo 256 somente em Nova Palestina.
O infectologista Crispim Cerutti Junior explicou que a chikungunya nunca tinha incidido com tanta intensidade em Vitória, por isso o grande número pode ser explicado porque tem uma grande reserva de pessoas susceptíveis à doença. Ele relatou que assim como a dengue, a pessoa se torna imune após contrair pela primeira vez.
É uma doença que até onde se sabe a pessoa se torna imune, mas é preciso aprender um pouco mais sobre ela. Como é uma doença com menor incidência que a dengue e ainda está se expandido no território brasileiro, o conhecimento acumulado é menor que da dengue, disse.
Ele acrescentou que a dengue tem um grau de mortalidade maior que da chikungunya, no entanto, o período é mais longo. Há registro de pessoas que convivem até três com a doença. É uma doença que começa com sintomas parecidos da dengue e zika e depois se restringe ao comprometimento das articulações, a pessoa pode desenvolver o problema por mais de um ano, inclusive pode se transformar numa doença articular crônica, relatou.
A auxiliar de serviços gerais Jaqueline Barros de Araújo, de 40 anos, mora na Grande Vitória, em Vitória, e está com a doença. Ela procurou o Pronto Atendimento de São Pedro. Estou com febre alta, dor no corpo, dor de cabeça e enjoo, estou passando muito mal, contou.
Na rua Aderbal Athaíde Guimarães, no bairro Santo Antônio, em Vitória, há diversas pessoas contaminadas também. A auxiliar de professora Marta Corrêa Barros, de 62 anos, no início do ano começou a sentir dor de cabeça forte e dor nas juntas. Ao procurar a policlínica e realizar os exames, descobriu que era chikungunya. Assim como ela, o filho também teve a doença.
É a primeira vez que meu filho e eu pegamos, ainda bem que estou de férias. Há vários vizinhos da mesma forma, nunca vi tanta gente com dengue e chikungunya como agora, pode ir ao vizinho da frente e do lado que encontra mais casos, relatou.
A secretária de saúde de Vitória, Catia Lisboa, informou que a maneira mais eficaz de se prevenir a é impedir o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A Prefeitura tem intensificado o combate ao mosquito na região da Grande São Pedro.
Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) e agentes de saúde estão realizando mutirões e realizando visitas domiciliares para eliminar os criadouros. Fundamentalmente a população precisa abrir as portas das casas para que possamos combater os criadouros. Essas medidas é que vão fazer o controle da doença, disse.
A secretária acrescenta que a população também precisa fazer sua parte e ajudar, muitos materiais podem se tornar propícios para o desenvolvimento de larvas do mosquito, entre eles estão pneus velhos, caixas dágua, garrafas, calhas entupidas, e também recipientes jogados em lixo descoberto.
Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, náuseas e vômitos, tontura, moleza e extremo cansaço, dor no corpo, dor nos ossos e nas articulações, dor no abdome.
Dor incapacitante nas articulações, febre, dor nas costas, erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça e dores musculares.
Febre baixa, dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, conjuntivite, erupções cutâneas avermelhadas que podem coçar, dor abdominal (pouco comum), diarreia (pouco comum), constipação (pouco comum), pequenas úlceras na mucosa oral (pouco comum).
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