Imagens mostram o momento em que o advogado Ivomar Rodrigues e o estudante de Engenharia Oswaldo Venturini entraram e saíram de uma boate, em Vila Velha, na madrugada desta quarta-feira (22) antes de disputarem um racha na Terceira Ponte que matou os jovens Kelvin Gonçalves dos Santos, de 23 anos, e Brunielly Oliveira, de 17 anos.
Nos vídeos, é possível ver que, por volta de 22h40, Ivomar e Oswaldo chegaram ao local. Quem chega primeiro é o advogado. Ele desce do carro acompanhado de outro homem, que estava no banco do carona. Logo atrás, Oswaldo estaciona em uma vaga em que a câmera de segurança não alcança. Os três se encontram e entram no estabelecimento. Por volta de 01h18, eles deixam o local. (veja abaixo)
A ENTRADA
A SAÍDA
ADVOGADO E ESTUDANTE BEBERAM ANTES DE ACIDENTE
O advogado Ivomar e o estudante de Engenharia Oswaldo beberam antes do acidente. A informação é do delegado Ney Fanfa Ribas Neto, plantonista da Delegacia Regional de Vitória, para onde a ocorrência foi levada. Eles foram indiciados por dois homicídios com dolo eventual e embriaguez ao volante. De acordo com o delegado, que teve acesso à comanda da dupla, eles ingeriram uísque e cerveja.
O delegado afirmou que, apesar da negativa do teste do bafômetro, e da recusa do teste toxicológico no DML, testemunhas confirmaram que os dois estavam embriagados. Informações preliminares da Polícia Civil reforçam a suspeita de que o advogado e o estudante estariam disputando um racha.
Com informações de Patrícia Scalzer
VÍDEO MOSTRA MOMENTO DO ACIDENTE
Na tarde desta quarta-feira (22), a Polícia Civil divulgou as imagens do acidente que vitimou Kelvin e Brunielli. A colisão envolveu dois carros Audi A1, dirigido por Ivomar, e um Toyota Etios, conduzido por Oswaldo.
CARROS ESTAVAM A 160 KM/H
Testemunhas que passavam pela Terceira Ponte quando aconteceu o acidente que matou um casal na madrugada desta quarta-feira (22), informaram em depoimento que o primeiro carro a colidir com a moto em que Kelvin carregava Brunielly foi o Audi A1.
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O Audi teria batido na traseira da moto e, a partir disto, o casal foi arremessado. Após a primeira colisão, o Ethios, dirigido por Oswaldo Venturini Neto, de 22 anos, teria passado por cima de Brunielly e depois batido na moto. Testemunhas apontam, ainda, que no chão há marcas de frenagem por aproximadamente 27 metros. Os veículos estariam entre 150 e 160 km/h.
CASAL QUE MORREU HAVIA REATADO RELAÇÃO HÁ UM MÊS
O casal que morreu após acidente entre dois carros e uma moto na Terceira Ponte, durante a madrugada desta quarta-feira (22), voltava da casa da mãe de Kelvin Gonçalves dos Santos, de 23 anos, uma das vítimas. De acordo com a mãe do jovem, a cabeleireira Vilma Gonçalves, 40 anos, o filho estava com a namorada e também vítima do acidente, Brunielly Oliveira, que teria 17 anos, segundo Vilma.
Desolada, a mãe de Kelvin contou que o filho e a namorada, que moravam juntos, saíram da casa dela, no bairro Cocal, em Vila Velha, por volta das 21h desta terça-feira (21), e tinham planos de passear na praia e tomar um açaí antes de voltarem para a casa deles, no bairro Andre Carloni, na Serra.
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"Meu filho foi na minha casa era 18h, eu estava passando mal e ele comprou remédio para mim. Por um momento eu percebi que ele não queria ir embora, queria ficar ali com a gente, mas a menina (Brunielly) queria ir porque estava com cólica. Então eles foram embora e eu tive a notícia (da morte) hoje de manhã, quando acordei para trabalhar", disse a mãe.
Vilma conta que o filho fez 23 anos no dia 30 de abril e que ele e Brunielly, que segundo ela tinha 17 anos, haviam reatado o relacionamento e estavam morando juntos há cerca de um mês. A mãe de Kelvin afirma que a namorada dele era de Cachoeiro de Itapemirim e por isso os dois tinham planos de passear na praia.
JUSTIÇA MANTEVE PRISÃO DE ADVOGADO E ESTUDANTE
O advogado Ivomar Rodrigues e o estudante de Engenharia Oswaldo Venturini vão continuar presos. A Justiça acaba de converter a prisão em flagrante em preventiva (sem prazo determinado). A decisão é da juíza Milena Sousa Vilas Boas. Por ser advogado, Ivomar terá o direito de ficar em cela especial enquanto tiver preso preventivamente.
Na decisão, a magistrada afirma que que uma soltura dos suspeitos poderia "colocar em risco a segurança social" porque há possibilidade dos dois voltarem a praticar os crimes pelos quais foram presos. A juíza cita que há "suspeita inequívoca" de ingestão de bebida alcóolica antes deles pegarem no volante, além da velocidade excessiva.
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A defesa de Ivomar pediu liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares, alegando que o advogado tem bons antecedentes , trabalha e possui residência fixa. Ela também afirmou que o suspeito não acreditava no risco ao cometer o ato na Terceira Ponte. Já a defesa de Oswaldo, que requereu liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares ou prisão domiciliar, justificou que o universitario mora com os avós que dependem dos cuidados dele. Os pedidos foram negados pela juíza, que manteve a prisão.
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