Nesta semana, o trânsito em Vila Velha foi marcado pela violência. Ao todo, foram quatro acidentes em um intervalo inferior a 72 horas. Se não bastassem essas batidas e atropelamentos entre a madrugada da última quarta-feira (4) e a tarde do último sábado (7), duas pessoas acabaram morrendo em consequência deles: um idoso de 68 anos e uma estudante de apenas 19 anos.
O mais emblemático deles aconteceu por volta das 23h30 da última quarta-feira (4). Naquela noite, Wilker Wailant saiu pelas ruas dirigindo embriagado. Quando estava na Avenida Carlos Lindenberg, na altura do bairro Nossa Senhora da Penha, ele invadiu a contramão e acertou em cheio a moto em que estava a estudante de fisioterapia Ramona Bergamini Toledo, de 19 anos.
De acordo com informações da Guarda Municipal de Trânsito, ela estava voltando do trabalho e aguardava a abertura de um semáforo. Ela morreu na hora. O caso gerou revolta da família e um protesto de motoboys, que trabalhavam com a jovem. A força da batida foi tanta que ainda envolveu um ônibus do Transcol e um segundo carro, cuja motorista também ficou ferida.
Na quinta-feira (5), após ter alta de um hospital particular, o condutor Wilker Wailant, de 36 anos, foi para o Centro de Triagem de Viana, onde cumpre prisão preventiva. No momento do acidente, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas, mesmo assim, foi autuado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) com qualificação por ter dirigido sob efeito de álcool.
A segunda morte aconteceu na madrugada do último sábado (7), no bairro Aribiri. Motorista do ônibus, José Custódio Filho preparava o veículo para uma excursão à cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, de acordo com a sobrinha dele, quando o acidente aconteceu.
No entanto, depois de ligar o automóvel e sair dele por alguns instantes, o idoso de 68 anos percebeu que ele começou a se movimentar e tentou pará-lo. Nessa tentativa, ele acabou atropelado. O ônibus só parou quando atingiu uma árvore, que precisou ser cortada para a retirada do veículo.
Entre esses acidentes, ainda deu tempo de acontecer uma batida entre dois carros na Avenida Carlos Lindenberg, na noite da sexta-feira (6). De acordo com testemunhas, a colisão aconteceu por volta das 20h40, depois de um carro prata avançar um sinal vermelho em alta velocidade. O condutor do automóvel seria motorista de aplicativo e levava uma adolescente de 16 anos.
A jovem ficou levemente ferida e foi encaminhada a um hospital particular de Vila Velha. Já o motorista do outro carro foi socorrido para o Hospital São Lucas, em Vitória. O estado de saúde dele é desconhecido. Por causa do acidente, no qual um carro acabou em cima do outro, duas faixas da via precisaram ser interditadas.
O último dos quatro acidentes aconteceu no início da tarde deste sábado (7), na Avenida Jerônimo Monteiro, no bairro da Glória. De acordo com informações da Polícia Militar, um motociclista acionou a Corporação após ter atropelado um homem que atravessava fora da faixa de pedestres. Testemunhas, porém, garantem que ele estava atravessando no local correto.
A vítima foi socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu), que realizou as primeiras assistências ainda no local. De lá, o homem foi levado para um hospital da região. O estado de saúde dele não foi informado, assim como a idade.
Todos esses acidentes dos últimos dias foram causados por fator humano, de acordo com Valter Siqueira, que é coordenador do Grupamento de Trânsito da Guarda Municipal de Vila Velha. Ou seja, aconteceram em decorrência de alguma infringência às normas ou às leis, de falta de prudência ou de desatenção.
Se há uma sinalização, um semáforo ou uma indicação de uma velocidade máxima é porque foram feitos estudos de impactos por uma equipe de engenharia de trânsito. Ou seja, o desrespeito leva a esse tipo de ocorrência. Por isso, nossa orientação é que os motoristas estejam sempre atentos, dirijam de forma defensiva e obedeçam às leis, afirmou.
Mas, se o acidente acontecer, também é importante que sejam tomadas as atitudes corretas. Pedimos que os envolvidos não entrem em discussão e registrem um boletim de ocorrência. Lembrando que omissão de socorro às vítimas é crime, e nesse tipo de caso deve-se acionar a Polícia Militar (190) e o Samu (192) ou o Corpo de Bombeiros (193), ressaltou.
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