Os casos de dengue que se alastraram por todo o Espírito Santo no último ano devem permanecer altos em 2020. Somente na Capital, há 874 casos suspeitos de dengue nos 16 primeiros dias de janeiro. O número é 176% maior que no mesmo período do ano passado, quando foram 316 notificações, segundo a prefeitura de Vitória.
Os bairros campeões de registros fazem parte da Grande São Pedro: Nova Palestina possui 239 notificações e São Pedro III teve 61 registros. Já São Pedro I e II acumulam, juntos,61 casos.
A reportagem de A GAZETA percorreu os bairros São Pedro e Santo Antônio e encontrou diversos casos. Há relatos de famílias inteiras com a doença. Moradora do bairro São Pedro, a dona de casa Eliete Silva Oliveira, 45, percebeu que a filha Achela Silva Salla, 23, começou a passar mal no dia 1 de janeiro. Os sintomas iniciais foram de dor de cabeça e febre; a temperatura da jovem ficou tão alta que ela teve uma crise convulsiva. Após ir duas vezes ao Pronto Atendimento de São Pedro, descobriu que a filha estava com dengue.
Ela ficou muito fraca, agora que está melhorando a alimentação e reagindo melhor. Aqui em São Pedro tem muita gente com dengue e chikungunya, a situação está bem complicada. Na minha casa, olhei tudo e não tem água parada, mas não sei a situação da vizinhança, pontuou.
No Pronto Atendimento de São Pedro, todos os bancos estavam cheios e boa parte das pessoas aguardava atendimento por causa dos sintomas da dengue e do chikungunya. Entre elas estava a estudante Andressa da Vitória Pereira, de 17 anos. Como frequenta Cariacica e Vitória, a adolescente não sabe onde possivelmente foi picada pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Não achei criadouro do mosquito em lugar algum, contou.
No bairro Santo Antônio, o técnico eletrônico Jair Pereira Penha, 43, a esposa Mara Cristina dos Santos Assis, 43, e o filho deles, Gabriel Ângelo Assis Penha, 11, tiveram dengue neste ano. Os sintomas começaram no dia 4 de janeiro. Tiveram início com febre e dor de cabeça, passando por dor e manchas vermelhas pelo corpo. Primeiro minha esposa e eu começamos com os sintomas, dois dias depois foi meu filho. Não desejo isso para ninguém, não consigo nem sair de casa e ir trabalhar, contou Jair.
A maneira mais eficaz de se prevenir a doença é impedir o ciclo de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Ele se reproduz com facilidade no período do verão devido ao maior volume de chuvas e por conta das altas temperaturas. O inseto coloca seus ovos apenas em acúmulos de água e parada.
Muitos materiais podem se tornar propícios para o desenvolvimento de larvas do mosquito, entre eles estão pneus velhos, caixas dágua, garrafas, calhas entupidas, e também recipientes jogados em lixo descoberto.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou, por meio de nota, que as ações de combate aos mosquitos foram intensificadas nessas regiões. Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) estão, diariamente, realizando visitas domiciliares de modo a eliminar os mosquitos em sua forma larvária, visto que, os principais focos do inseto encontram-se dentro de residências. Além disso, o carro fumacê tem circulado durante as madrugadas de 3h às 6h para eliminar os mosquitos em sua fase adulta.
A Semus informou ainda que foram realizados, nos dias 4 e 11, duas grandes ações de combate a dengue nos bairros Conquista e Nova Palestina que envolveram as Secretarias Municipais de Saúde e Serviços de Vitória, moradores de Nova Palestina, voluntários e técnicos, conforme links abaixo.
Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções na pele, náuseas e vômitos, tontura, moleza e extremo cansaço, dor no corpo, dor nos ossos e nas articulações, dor no abdome.
Dor incapacitante nas articulações, febre, dor nas costas, erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça e dores musculares.
Febre baixa, dor nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, conjuntivite, erupções cutâneas avermelhadas que podem coçar, dor abdominal (pouco comum), diarreia (pouco comum), constipação (pouco comum), pequenas úlceras na mucosa oral (pouco comum).
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