Após um trabalho de escoamento de água que durou ao todo 23 horas, a barragem Quinta dos Lagos, em Marechal Floriano, na Região Serrana do Espírito Santo, não corre mais risco de se romper. Por causa das fortes chuvas que atingem o Estado, desde quinta-feira (14), a represa estava com alto risco de rompimento. Vários moradores chegaram a ser retirados de suas casas.
Segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, Carlos Wagner Borges, desde às 7h da manhã de sexta foi iniciado o trabalho para eliminar a água excedente, concluído na manhã deste sábado, por volta das 6h. Após isso, o coronel é categórico: "Não há mais risco nenhum de rompimento".
"Já está totalmente seguro. Após o trabalho dessa força-tarefa eliminamos dois metros de água da barragem, então demos por seguro", explicou. A barragem tinha atingindo o limite máximo de capacidade após as chuvas. Na quinta, uma outra represa de pequeno porte se rompeu em Marechal e inundou ruas e bairros da cidade.
Ainda de acordo com o Tenente-coronel, uma nova medição na barragem deve ser feita ao meio dia. A expectativa é de que seja confirmada uma redução de três metros no nível de água, o que garante segurança aos moradores da região.
O tenente-coronel disse que o resultado se deu graças ao trabalho de uma verdadeira força-tarefa e agradeceu as pessoas com "mentes brilhantes" que ajudaram a resolver o problema e eliminar o risco.
Carlos Wagner Borges afirmou que, com isso, os moradores que chegaram a deixar suas casas já podem retornar. "A maioria das pessoas já retornou e quem não fez pode voltar porque a estrutura está totalmente segura".
Como a barragem é muito próxima das casas, em caso de rompimento, cerca de 400 pessoas poderiam ser atingidas. Por isso o trabalho de retirada dos moradores. Desde a noite de sexta, porém, a Defesa Civil Estadual já havia suspendido a retirada das famílias de casas próximas à barragem por causa do trabalho esvaziamento.
Os trabalhos para evitar o rompimento da barragem começaram na manhã de sexta-feira (14), quando uma equipe do Corpo de Bombeiros e representantes da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) iniciaram uma vistoria no local.
A represa é particular e tem estrutura de terra. A estimativa é que o volume de água estava em 14.609,15 metros cúbicos.
Ao site Montanhas Capixabas, a empresária Edivania Aparecida Kuster Buback, do Viveiro Hortmudas, que fica logo abaixo da represa, informou que desde esta quinta havia começada a fazer a retirada de mudas de plantas e de tudo que é possível de dentro das estufas, que fica ao lado do córrego por onde passa a água que sai da barragem.
"Nosso investimento apenas com a estrutura é de mais de R$ 400 mil. Estamos tirando tudo que conseguimos. Todos os moradores resolveram agir e começaram a instalar canos para escoar a água da represa, disse Edivania ao site na quinta.
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