Um caminhão de bombeamento da Cesan está em Marechal Floriano, na Região Serrana do Espírito Santo, e vai auxiliar nos trabalhos para evitar que uma barragem no município se rompa. O trabalho deve ter início nas próximas horas e todas as pessoas que moram na região de Batatal, localizada próxima a barragem, serão retiradas, ainda que à força, de suas casas. A informação foi dada pelo tenente-coronel Carlos Wagner, do Corpo de Bombeiros, em entrevista à rádio CBN Vitória e à TV Gazeta nesta sexta-feira (15). A suspeita é que a barragem seja irregular, sendo construída sem autorização dos órgãos ambientais.
Segundo o tenente-coronel, a ideia é retirar parte da água da barragem e evitar, assim, uma tragédia. "A Cesan conseguiu um caminhão com gerador para bombear a água. Assim, conseguiremos retirar parte da água dessa represa e então fazer uma sangria para que ela não tenha possibilidade de rompimento . O inicio da drenagem vai ser feito dentro de instantes", afirmou Carlos Wagner.
Desde a tarde desta quinta-feira (14), algumas pessoas precisaram deixar suas casas em Marechal Floriano, em trabalho de prevenção do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. A Região Serrana está em alerta máximo por conta das chuvas que atingem o Estado há uma semana.
Os trabalhos para evitar o rompimento da barragem começaram na manhã desta sexta-feira (14), quando uma equipe do Corpo de Bombeiros e representantes da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) iniciaram uma vistoria no local. A represa é particular e ainda não foi possível precisar qual o volume de água. No entanto, em caso de rompimento, cerca de 400 pessoas poderiam ser atingidas, por isso houve o pedido para que os moradores das áreas próximas deixassem as suas casas.
Em nota, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) disse que está acompanhando o grupo que monitora a barragem de Quinta dos Lagos, em Marechal Floriano, e dando apoio técnico à equipe da Defesa Civil local. A Agerh também vai notificar o proprietário do empreendimento para que a barragem seja regularizada, outorgada e cadastrada no Governo do Estado.
"Estamos fazendo todo o trabalho de levantamento do volume, de aferição dessa represa. A posição geográfica dela, que é particular e é cercada por uma rocha e por uma parede muito grande, dificulta o trabalho da retroescavadeira. Por isso pedimos a ajuda da Cesan. Não é uma represa muito pequena, mas também não é muito grande. Segundo técnicos que estão no local, com a ajuda da Cesan, há possibilidade de sangria, de diminuir o volume dela e evitar o rompimento. Um levantamento inicial que nós fizemos, cerca de 400 pessoas poderiam ser atingidas, moradores principalmente da região do Batatal. A gente não quer, caso ocorra o pior, que a gente tenha uma tragédia em Marechal Floriano. O trabalho dos Bombeiros e da Defesa Civil visa proteger a vida", esclareceu o tenente-coronel.
Em todo o Espírito Santo, há 249 pessoas desalojadas e 240 desabrigados, totalizando 489 pessoas fora de casa por conta da chuva que atinge o Estado há uma semana.
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