"Era uma construção muito boa, não era nada precário não". Assim o médico Jaci Pereira descreveu o imóvel de familiares que foi atingido por uma encosta em Santa Leopoldina nesta quinta-feira (14). Ele é tio do produtor rural Fabricio Caus, 38 anos, que morreu soterrado no deslizamento de terra.
O corpo do produtor rural está sendo velado nesta sexta-feira (15) no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória. O sepultamento está marcado para às 17h. A esposa dele, Fernanda Caus, e o filho, Lorenzo Caus, de 6 anos, que também estavam na casa no momento do deslizamento, estão internados em hospital particular de Vitória. O quadro deles é estável.
Para a reportagem de A Gazeta, o tio relatou, por telefone, que Fabrício morava na propriedade para cuidar da plantação de café. "Eles tem esse terreno lá há cerca de 20 anos. Era do pai dele e ele herdou, mas era uma construção muito boa, não era nada precário não. Foi uma tragédia mesmo", disse.
Jaci afirmou que a família está bastante abalada pela perda. "Está todo mundo muito desnorteado, pela perda e pelo fato da Fernanda e do Lorenzo estarem internados". O médico ainda falou sobre como Fabrício era querido pela família.
As chuvas em Santa Leopoldina provocaram o deslocamento de terra no imóvel onde estavam Fabricio, a mulher, Fernanda Caus, o filho, Lourenço Caus, de 6 anos, e uma idosa que atuava como empregada. Com a ajuda de moradores, a idosa foi resgatada da casa.
Como o Corpo de Bombeiros não conseguiu chegar ao local devido as fortes chuvas foram os próprios vizinhos da família que retiraram mãe e filho dos escombros. O deslizamento aconteceu por volta de 6h da manhã.
Uma equipe do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), da Casa Militar, fez o resgate de Fabrício no início da tarde. De acordo com o major Cristian, do Notaer, os vizinhos contaram que a família estava bem próxima, estando mãe e filho por cima do corpo do pai, como se estivessem abraçados para se proteger.
"Os relatos de como os corpos estavam mostram que a família tentou se ajudar. Os três estavam bem juntos, deitados, estando mãe e filho por cima do pai. Os próprios vizinhos socorreram enquanto o Corpo de Bombeiros não conseguia chegar. Por via aérea também tivemos dificuldade. Só quando a chuva deu uma trégua conseguimos decolar. Pousamos em um campo de futebol depois chegamos ao local", contou.
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