Após os desastres causados pelas chuvas da madrugada de sábado (25), Castelo tenta se reconstruir. De acordo com o levantamento da prefeitura 50 casas foram destruídas, 150 pessoas estão desabrigadas e mais de 1.800 estão desalojadas na cidade da região Sul do Espírito Santo. A Defesa Civil chegou a registrar 120mm de chuva no município em um intervalo de 24 horas. A única notícia comemorada pelo prefeito Domingos Fracaroli é que ninguém perdeu a vida na enchente.
Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin no programa CBN Cotidiano da rádio CBN Vitória (92,5 FM) desta segunda-feira (27), o prefeito Domingos Fracaroli (PSDB) disse que o estrago foi muito grande. Ele acredita que o número de desalojados deve aumentar.
"Foi uma coisa muito difícil, o município está pedindo socorro. Hoje nosso trabalho é dar a mão aos nossos amigos (moradores da cidade). A Defesa Civil continua trabalhando e esse número (desalojados) deve ser atualizado", acrescentou o prefeito.
O prefeito relata que por volta das 22h de sexta-feira (24), veículos da polícia militar passaram pelas ruas alertando os moradores sobre uma possível inundação. Até os sinos da Igreja Matriz foram acionados como um alerta, mas ninguém esperava uma enchente tão poderosa. Segundo ele, a água subiu rapidamente e por volta de 2h da manhã, a cidade estava tomada pela água.
"Essa enchente foi a maior da história de Castelo. A anterior, em 2009, foi inferior em 1,5 metro. O rio subiu oito metros, atingindo 70% da nossa cidade. Não dormimos de sexta (24) para sábado (25). Ninguém esperava que a água subisse como subiu, mas agradeço muito a Deus que não tenha tido nenhuma vítima", diz o prefeito do município.
Perguntado sobre a limpeza da cidade e a volta à rotina dos moradores, o prefeito Domingos Fracaroli afirmou que vai precisar do apoio dos governos Estadual e Federal, assumindo que o município não tem condições de se reconstruir de forma independente.
Assim como a rotina dos moradores da cidade, o início do ano letivo 2020 também será afetado. Ele afirmou que haverá atraso no início das aulas, porque primeiro é preciso pensar na limpeza da cidade. Segundo Domingos Fracaroli , "não há condições" de pensar nisso agora.
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