Nestor Ribeiro Dantas, conhecido como "Cigano", foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-mulher Marcilene Cussuol. O julgamento era esperado há mais de 13 anos. Ao analisar o processo, o conselho de sentença entendeu que o homicídio foi praticado por motivo fútil.
Marcilene foi morta com dois tiros na cabeça, dentro de um carro, no bairro Três Barras, em Linhares, em 2006. O crime chocou a cidade. A vítima tinha 24 anos na época do crime e era uma professora conhecida e querida. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPES), "Cigano" teria matado a ex-mulher porque não aceitava o fim do relacionamento. Ele chegou a ser preso, mas conseguiu na Justiça o direito de responder pelo crime em liberdade. Desde então, o julgamento foi marcado e adiado por três vezes.
Nesta terça-feira, dia 17 de dezembro de 2019, após cerca de oito horas de julgamento, o júri sentenciou Nestor Ribeiro Dantas a cumprir 18 anos de prisão em regime fechado. Na mesma sentença, o juiz expediu o mandado de prisão preventiva do acusado, que pode recorrer da decisão.
Apesar de ser réu no processo, Nestor não participou do julgamento nesta terça-feira. Ele foi representado apenas pelo advogado Homero Mafra, que deixou o Fórum Desembargador Mendes Wanderley sem comentar a sentença.
Após a condenação, o juiz determinou a prisão preventiva de Nestor. Como não estava presente no julgamento, ele ainda não foi preso.
O julgamento, aguardado há 13 anos, teve início às 9h desta terça-feira (17), no Tribunal do Juri do Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no Bairro Três Barras, e já foi adiado por três vezes a pedido da defesa de Nestor Dantas. O advogado Homero Mafra disse que o cliente preferiu não comparecer ao tribunal.
Na primeira parte do julgamento, os jurados ouviram os relatos da irmã de Marcilene, que atuou na condição de informante do Ministério Público. Durante o relato, ela afirmou que a irmã já tinha sido agredida e ameaçada por Nestor Dantas.
À tarde, o advogado de Nestor fez a defesa dele, mas o júri popular entendeu que foi ele quem matou Marcilene. Para a família, foi um alívio depois de tantos anos.
Na época, o assassinato da pedagoga causou grande repercussão na cidade, pois Marcilene vem de uma família tradicional de Linhares e era muita querida na escola em que trabalhava e também no relacionamento com os amigos.
Mais uma vez, a família esteve presente na audiência. Dois irmãos da professora conversaram com a equipe da TV Gazeta Norte.
Antes da audiência, outro irmão de Marcilene, Joel Cussuol, comentou que a família vinha sofrendo com a demora e acreditava que a justiça seria feita e que o acusado pagaria pelo dano que cometeu, pois a irmão tinha uma filha para criar, filha de Nestor, mas ele não pensou nisso quando tirou a vida dela.
Marcilene Cussuol foi morta com dois tiros na cabeça, dentro de um carro, no bairro Três Barras, em Linhares, em 2006. O crime chocou a cidade. A vítima tinha 24 e era uma professora conhecida e querida. Na época, para justificar o crime, Nestor disse que ele e a ex-mulher foram vítimas de um assalto e que ela havia sido atingida por disparos dos criminosos. A família nunca acreditou nessa versão e sabia que ele não aceitava o fim da relação.
De acordo com o Ministério Público do Estado (MPES), "Cigano" teria matado a pedagoga porque não aceitava o fim do relacionamento. Ele chegou a ser preso, mas conseguiu na Justiça o direito de responder pelo crime em liberdade. Desde então, o julgamento foi marcado e adiado por três vezes.
*Com informações de Luiz Zardini, da TV Gazeta Norte
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