Os patinetes elétricos e motorizados estão na moda e ganham mais espaço por conta da praticidade e economia que proporcionam em relação aos automóveis, por exemplo. Ter acesso a um deles, porém, nem sempre é possível, visto que os que são comercializados não possuem preços tão acessíveis e os de uso compartilhado por aplicativos são realidade apenas em grandes cidades.
Quatro alunos do curso de Técnico em Mecânica da Escola Ciclos, em Aracruz, no Norte do Estado, resolveram unir o útil ao agradável e desenvolveram um patinete motorizado como produto do trabalho de conclusão de curso. Orientados pelo professor Aitel Pina, o quarteto se debruçou por meses para chegar ao modelo único e sustentável. O grupo autor do projeto é formado pelos alunos Diego Souza, Adriano Oliveira, Cristiano Lino e Jefferson Soares.
"Em cidades menores, como é o caso de Aracruz se comparado a Vitória, por exemplo, os patinetes ainda não são tão presentes. Foi então que levei essa ideia aos alunos e eles toparam fazer. Foram cerca de três meses de desenvolvimento do projeto e depois mais um para fazermos ajustes, principalmente na coroa traseira, pois a que havíamos instalado era pequena e perdíamos em potência na aceleração", explicou.
Quem "empurra" o patinete é um motor adaptado de uma roçadeira à gasolina, similar aos de algumas motos de pequeno porte, explica o professor.
"O motor que escolhemos foi o de uma roçadeira, dessas utilizadas para roçar mato em beiras de estradas. Conseguimos fazer a adaptação perfeita e atingimos uma autonomia de cinquenta quilômetros por litro e também uma velocidade final de 50 km/h. Comparado a um modelo de patinete elétrico, a viabilidade e autonomia são maiores".
Com o projeto aprovado, os responsáveis pelo patinete motorizado já começaram a receber ofertas de pessoas interessadas em adquirir uma unidade, o que deixa o orientador satisfeito com o resultado do trabalho realizado coletivamente.
"Eles já receberam ofertas de gente querendo pagar pelo patinete, mas essa não é a ideia. Seria interessante se isso fosse levado à frente, mas para que isso ocorra é necessário mais pesquisa e desenvolvimento. O que se queria aqui é mostrar que é possível torná-los mais acessíveis de um modo geral", analisou Aitel, que deu nota 10 ao trabalho do quarteto.
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