São mais de 200 objetos que o topógrafo aposentado Hedimar Pedrini guarda em sua casa, em Linhares, região Norte do Estado. O acervo é todo cuidado por ele, que aproveita a tranquilidade da aposentadoria para fazer o que mais gosta: ser um colecionador. São moedas de várias épocas, televisões, bússolas, máquinas de escrever, panelas, ferramentas, rádios, vinis e muitas outras peças que compõem o museu particular.
Para ele, cada objeto tem sua história. Parte do acervo eu comprei e outra parte ganhei de amigos e parentes. Guardo peças antigas por uma questão de gosto mesmo, quando parei de trabalhar isso me ajudou, encontrei o que fazer. Olhando as peças eu me lembro de tudo: de cada história, das pessoas. Tenho tudo arquivado, detalhou.
Por muitos anos, Hedimar trabalhou como topógrafo, um profissional que faz serviços de medição, elaboração e atualização periódica de mapas e terrenos. A história do aposentado chega a se confundir com a história de Linhares.
Quando cheguei, a cidade era muito pequena, só tinha movimento na Rua da Conceição (no Centro). Não tinha ponte, tudo era atravessado de balsa e de canoa. Meu trabalho era desbravar a cidade para medir terrenos que as pessoas iam comprar para construir. Vi nascer bairros como o Araçá e o Três Barras", explicou.
Para fazer seu trabalho, ele usava aparelhos que hoje são antigos e fazem parte de sua coleção. "No início, usava uma bússola para fazer as medições. Depois, passei a usar trena de aço, mais tarde a mira e, no final, um aparelho com leitura a laser. Tenho todos no acervo e eles ajudam a contar a minha história e a história de Linhares. E, com meu trabalho, pude conhecer muitas pessoas, contou, com muito saudosismo.
Agora, a ideia do aposentado é compartilhar seu conhecimento e o acervo que construiu. Ele pretende abrir seu museu para visitação de alunos das escolas de Linhares e também para outras pessoas interessadas em conhecer mais sobre história. Lembrar do passado é uma maneira de reviver tudo aquilo que já passou. Tudo que era bom no passado e hoje não tem mais, justificou Hedimar.
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