O volume de chuva registrado em Colatina reflete bem a seca que atinge o Noroeste do Espírito Santo. Entre janeiro e agosto deste ano, choveu apenas 196 milímetros uma quantidade que é 70% menor se comparada à do mesmo período de 2018, quando choveu mais que o triplo, atingindo a marca de 614 milímetros.
Além do acumulado parcial do ano abaixo da média, desde junho a cidade não registra mais de 10 mm de chuva por mês. E nos primeiros dez dias de setembro nem sequer uma gota caiu do céu. Todos os dados foram retirados de tabelas do índice pluviométrico do Sanear (Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental).
O período atual de estiagem em Colatina está tão severo que o volume de chuva registrado nos oito primeiros meses deste ano chega a ser menor que o do mesmo período de 2015, que ficou marcado pela seca no Espírito Santo. Naquele ano, entre janeiro e agosto, havia chovido 213 milímetros, aproximadamente 8% a mais.
Por meio de nota, o Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) informou que a média histórica de chuva em Colatina, para o período entre janeiro e agosto, é de 505 mm. Neste ano, porém, na sede do município, teria chovido apenas 42% desse valor. Ou seja, somente 209 mm.
Principal fonte de abastecimento de Colatina, o nível do Rio Doce está atualmente em 1,1 metro, o que é considerado aceitável pelo período tradicionalmente sem chuvas, de acordo com a avaliação do próprio Sanear, autarquia da Prefeitura responsável pelo tratamento e distribuição de água no município.
Ainda de acordo com a entidade, 14 locais, entre escolas e comunidades, já estão sendo abastecidas por caminhões-pipa devido à seca. Apesar disso, o Sanear garante que o abastecimento não está comprometido e que, por enquanto, não há previsão de racionamento em Colatina.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta