Policiais de Colatina, na Região Noroeste do Estado, fizeram um resgate diferente na manhã desta quarta-feira (7). Um filhote de quati, fraco e desidratado, apareceu na garagem da casa do capitão Carlos Balbino e foi encontrado pelo filho dele, Eduardo, de 4 anos. Encantado com o animal, o menino avisou o pai, que acionou a Polícia Militar Ambiental e levou o bichinho a um Hospital Veterinário da cidade.
Tem uma mata atrás da minha casa e, segundo as informações, a mãe do quati foi morta por caçadores do outro lado da linha férrea. O filhote chegou na minha garagem desidratado. Meu filho me ligou, nós acionamos a viatura e fizemos os procedimentos. Então fiz contato com o hospital e o soldado Lima levou o quati até lá, explicou o capitão.
O animal recebeu os primeiros socorros com o professor Diogo Rondon. Segundo o coordenador do Hospital Veterinário da Unesc, Luiz Alexandre Moscon, o filhote chegou à unidade letárgico e apático.
Como sua mãe havia morrido, ele não conseguia mamar e ficou sem se alimentar. Além da desidratação, ele também apresentava insolação, por conta do calor aqui em Colatina. Os exames detectaram desidratação profunda, falha na passagem de imunidade e também hipoglicemia, detalhou.
Moscon disse que a equipe iniciou um tratamento que simula a alimentação como se a mãe estivesse viva. Também foram feitos raio X e ultrassom no animal. Havia uma suspeita de trauma cranioencefálico, pois havia um pouco de sangue na cabeça dele. Depois, chegamos à conclusão que era sangue da mãe, explicou.
O coordenador disse que agora esperam o filhote se restabelecer para depois encaminhá-lo ao Projeto Cereias (Centro de Reintrodução de Animais Selvagens), localizado em Aracruz.
Segundo Moscon, a Polícia Militar Ambiental deve ser avisada caso a população encontre um animal silvestre, como o filhote de quati.
Quem encontrar um animal silvestre deve informar imediatamente a polícia ou o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). As pessoas não devem entrar em contato com este tipo de bicho, porque eles podem transmitir doenças. Se possível, fazer a vigilância do animal até que o órgão competente faça o resgate. Também é importante frisar que é crime ambiental pegar esse tipo de animal e levar para casa para criar, ressaltou o coordenador do hospital.
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