A Justiça estadual concedeu nesta sexta-feira (21), o pedido de liberdade provisória ao fazendeiro Edeval Zuccon, de 51 anos, que em depoimento à polícia confessou ter assassinado a tiros o pecuarista Wolmar Borges, no último dia 10 de fevereiro, em Linhares, Região Norte do Espírito Santo.
O alvará de soltura foi expedido pelo juiz André Bijos Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares. No pedido, analisado pelo magistrado, a defesa solicitou a revogação da prisão do suspeito, mesmo após o Ministério Público do Espírito Santo ter oferecido a denúncia contra Edeval.
De acordo com o advogado Júnior Mendonça, que faz a defesa de Edeval, o argumento é o de que o fazendeiro não oferece risco à sociedade. Nós fizemos um requerimento de revogação da prisão temporária expondo os motivos do não cabimento da prisão, por exemplo, por ele ser réu primário, ter bons antecedentes e ter se apresentado espontaneamente à Justiça, mesmo sabendo que existia um mandado de prisão contra ele, explicou. Segundo Mendonça, Edeval deixou o Centro de Triagem de Viana (CTV), onde estava preso, por volta das 18h desta sexta-feira (21).
O inquérito policial já havia sido concluído pela Polícia Civil e o Ministério Público do Espírito Santo já tinha oferecido a denúncia contra Edeval. O juiz aceitou os argumentos do MP e deu a Ação Penal de Competência do Júri. Com a liberdade provisória, Edeval vai responder ao processo em liberdade.
O pecuarista Wolmar Borges, de 56 anos, foi assassinado a tiros no interior de Linhares, na Região Norte do Espírito Santo, na tarde do dia 10 de fevereiro. De acordo com a Polícia Militar, testemunhas contaram que a vítima não queria que uma vala na região fosse fechada, porque a propriedade dele foi alagada por causa da cheia do Rio Doce, no final de janeiro.
No entanto, Edeval discordava, alegando que a vala estava na sua propriedade. Os dois começaram a discutir e, em seguida, sacou a arma e efetuou o disparo que matou Wolmar.
Após ser identificado pela polícia como principal suspeito de ter cometido o crime, Edeval teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Ele se apresentou na noite do dia 11 de fevereiro na Delegacia de Ibatiba, mas foi encaminhado para a Delegacia de Venda Nova do Imigrante onde foi ouvido e confessou o crime.
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