O monitoramento da presença de óleo das praias de Linhares, no Norte do Estado, continua trazendo más notícias: foram 29,2 quilos de fragmentos do óleo recolhidos somente nesta quarta-feira (20) pelas equipes de limpeza do balneário.
Desde que o óleo que se espalha pelo litoral brasileiro chegou ao balneário de Linhares, em 9 de novembro, já foram recolhidos um total de 276 quilos de material oleado das praias, segundo a prefeitura. Nesta quinta-feira (21), o Comitê de Crise da mancha de óleo, divulgou os dados fechados até dia 20.
Os fragmentos foram recolhidos nas praias de Degredo (10,2 kg), Cacimbas (10 kg) e Monsarás (9 Kg). De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e membro do Sistema de Comando em Operações (SCO), Fabrício Borghi Folli, as equipes do Exército Brasileiro continuam atuando nas praias de Degredo, Cacimbas e Povoação, com auxílio da prefeitura.
Os resídios recolhidos das praias linharenses está sendo armazenado em tambores, segundo a prefeitura. A destinação final do óleo será definida pelo governo do Estado em alinhamento com os órgãos federais.
Por meio de nota à imprensa, a Prefeitura de Linhares solicita à população que, caso encontre resquícios de óleo nas praias do município, acione o Comitê de Crise pelo telefone 153.
Até o momento, sete praias do litoral de Linhares já registraram a presença de óleo, sendo elas: Pontal do Ipiranga, Regência, Povoação, Degredo, Cacimbas, Monsarás e a Reserva de Comboios.
O número de praias, rios, ilhas e mangues atingidos por óleo no País continua aumentando e chegou a 695, segundo balanço divulgado na quarta-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, ao menos 117 municípios de todos os nove Estados do Nordeste e mais o Espírito Santo foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde o dia 30 de agosto.
No Espírito Santo, o óleo chegou primeiro à praia de Guriri, em São Mateus, no dia 7 de novembro, mas já em um formato bem diferente do material da região Nordeste. O óleo foi encontrado em pequenos fragmentos, muitos cabendo na palma da mão, e mais consistente.
No Estado, os banhistas podem continuar usando as praias pois, segundo a Capitania dos Portos do Espírito Santo, os vestígios chegaram em pedaços bem pequenos o que não impede o uso para banho e também para a pesca, por enquanto. Porém, a orientação é não ter contato com os resíduos porque podem provocar problemas de pele e respiratórios.
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