Continua sem resposta o desaparecimento do empresário Douglas Lana e do piloto da asa-delta motorizada Mayke Stefanelli Barcellos. Eles decolaram de Linhares, na região Norte do Estado, com destino a Mucuri, no sul da Bahia no dia 21 de setembro de 2018, onde, na época, acontecia um evento para pilotos.
O último contato dos dois foi através de uma foto enviada por Mayke para a namorada. Depois disso ninguém mais teve notícia sobre o paradeiro dos amigos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as buscas foram encerradas e só serão retomadas caso haja algum indício concreto do local onde as vítimas estejam. Já a Polícia Civil disse que o caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Linhares, e outras informações não serão repassadas no momento para não atrapalhar o andamento das investigações.
FAMÍLIAS COBRAM RESPOSTA
Em entrevista à reportagem do Gazeta Online, Cirene Maria Siqueira Lana, lamentou o desaparecimento do filho Douglas. Ela fez aniversário na segunda-feira (25) e, com a ausência do filho, não teve motivos para comemorar.
Segundo ela, nenhuma novidade sobre as buscas foi repassada à família. A gente não teve nenhuma novidade. Eles não dão nenhuma satisfação pra gente, eles passaram apenas um relatório para o sócio do meu filho explicando o que foi feito, mas pra gente eles nunca chamaram pra conversar e nunca falaram nada, lamenta.
Jânio Garuzi Barcelos, de 59 anos é quem também cobra uma resposta dos órgãos competentes. Ele é pai de Mayke Stefanelli, o piloto que conduzia a aeronave que desapareceu. Segundo Jânio, as buscas poderiam ter dado um conforto para a família, mas não foi isso que aconteceu. "Me sinto envergonhado, eu não tive ajuda de ninguém, ninguém fez nada, conta.
O DESAPARECIMENTO
Douglas Lana e Mayke Stefanelli Barcellos desapareceram no dia 21 de setembro do ano passado quando decolaram de Linhares, na região Norte do Estado, com destino a Mucuri, no sul da Bahia. Os dois estavam em uma aeronave do modelo Trike (asa-delta motorizada), que saiu do bairro Jardim Laguna, às 4h40 e seguiriam para um evento que envolve pilotos do Brasil inteiro na cidade baiana, mas não chegaram ao destino.
Após o desaparecimento um grande esquema de buscas foi montado para tentar localizar os amigos. O tenente-coronel Ferrari do Corpo de Bombeiros, explicou em entrevista no dia 24 de dezembro do ano passado, sobre o encerramento das buscas. As buscas estão suspensas e podem ser retomadas, caso apareça algum novo indício de onde eles possam estar. Enquanto eles não forem achados, as buscas não são consideradas encerradas. Realizamos as buscas até o dia 23 de novembro e esgotamos o prazo de todos os manuais para o caso de acidente aéreo. Em números, percorremos mais de 1.500 km em sobrevoo, mais de 300 km² por terra de busca detalhada, em locais em que o sobrevoo não avistaria, como nas matas e cerca de 8 a 10 km² escaneando o fundo da lagoa com o auxílio do sonar e mergulhos dos militares. Apesar disso, não obtivemos êxito em encontrá-los", disse.
SONAR FOI USADO NAS BUSCAS
O equipamento conhecido como Sonar foi utilizado para auxiliar nas buscas ao piloto Mayke Stefanelli Barcellos e ao amigo dele Douglas Siqueira Lana. O sonar utilizado na lagoa Juparanã pesava cerca de 50kg e media aproximadamente 2 metros de comprimento. Esse é um dispositivo utilizado para construir uma imagem acústica de ambientes aquáticos - mares, rios, lagoas - e também identificar objetos que estejam nesses locais, a partir da emissão de ondas sonoras.
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