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Óleo atinge manguezal no estuário de Barra Nova, em São Mateus

Óleo atinge manguezal no estuário de Barra Nova, em São Mateus

Placas encontradas nesta quarta-feira (13) são maiores que as retiradas das praias do município

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 12:36

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Barra Nova, no litoral de São Mateus. (Junior Eler/Secom)

óleo que já atingiu o litoral de dez estados brasileiros e chegou às praias capixabas na semana passada foi encontrado, nesta quarta-feira (13), nos manguezais do estuário de Barra Nova, em São Mateus, no Norte do Estado. Os vestígios foram achados durante inspeção de equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).

De acordo com o boletim diário de monitoramento, emitido pela comissão especial da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) de São Mateus, as placas de óleo encontradas nos manguezais são maiores que as retiradas da costa e equipes especializadas e de voluntários trabalharão na limpeza durante este feriado.

Típicos de áreas litorâneas, os mangues são biomas de fundamental importância para a manutenção de outros ecossistemas, principalmente o marinho. A mistura entre água doce e salgada proporciona ambiente ideal para a reprodução de diversas espécies, como peixes, crustáceos e moluscos.

MARÉ IMPEDE FECHAMENTO DE BARRA NOVA

De acordo com a Prefeitura de São Mateus, o município tem lutado para realizar o fechamento da foz de Barra Nova desde o dia 7 de novembro, quando foram encontrados os primeiros fragmentos de óleo na região. Porém, a força da maré alta impediu que o trabalho fosse bem-sucedido e, por orientação do Ibama, foi temporariamente suspenso.

Óleo atinge manguezal no estuário de Barra Nova, em São Mateus

A medida acontece em decorrência de um fenômeno chamado sizígia, que torna a amplitude das marés maior, devido à influência acentuada das gravidades lunar e solar sobre a Terra. Quando finalizado, o maquinário deve retomar o fechamento. O Ibama e a Marinha têm tentado colocar redes de contenção na foz de Barra Nova.

A PROPAGAÇÃO DO ÓLEO

Conforme informado também pelo boletim, a tendência é de que o óleo se desloque para o Sul em de modo mais afastado do litoral, podendo ocorrer pequenas quantidades em forma de partículas na linha da costa. A identificação desta dinâmica é resultado de um estudo da Ufes, junto com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma empresa holandesa do ramo de petróleo.

A Gazeta ainda aguarda retorno do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), da Marinha e do Ibama, a respeito da chegada do óleo aos manguezais. Questionamentos sobre a quantidade e o tamanho dos fragmentos também foram enviados à comissão da Ufes, que retornou dizendo apenas que as informações estarão no boletim desta sexta-feira (15).

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