Em estado de alerta máximo no Espírito Santo desde que as manchas de óleo que castigaram praias do Nordeste do país chegaram a Nova Viçosa, no Sul da Bahia, a apenas 55 quilômetros da divisa com o Estado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trouxe uma equipe à Região Norte do Estado para monitorar o litoral capixaba.
Itaúnas, em Conceição da Barra, é a praia que fica na divisa e pode ser a primeira a ser atingida pela substância. Por conta disso, os técnicos do Ibama chegaram ao município na segunda-feira (4) e fizeram uma vistoria conjunta em Conceição da Barra e São Mateus, saindo de Itaúnas com destino a Guriri.
Na manhã desta terça-feira (5), a equipe começou o monitoramento na Praia de Barra Nova, em Guriri, e vai seguir até Povoação, em Linhares. A programação ainda prevê uma vistoria em Regência, e nas proximidades nesta quarta-feira (6).
De acordo com o superintendente do Ibama no Espírito Santo, Diego Libardi, caso a substâncias chegue às praias do Estado, a equipe fixada na Região Norte vai monitorar a situação e auxiliar na retirada dos resíduos.
Os trabalhos de monitoramento serão concentrados nas áreas e regiões de estuários. As vistorias são feitas junto com equipes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Defesa Civil e secretarias municipais de meio ambiente.
Segundo o superintendente, se os resíduos atingirem de fato as praias do Espírito Santo, o trabalho mais difícil será fazer a limpeza dos estuários ambientes aquáticos de transição entre o rio e o mar. Por conta disso, o Ibama pretende usar redes para evitar que o resíduo atinja os rios da região.
Temos um trabalho para retirar essas manchas, quando chegam na praia, que é mais fácil. Elas chegam na areia e você faz a raspagem, a remoção mecânica ou manual, e é mais simplificado. Nos estuários, o trabalho é mais difícil. Então, embora não haja técnicas eficazes no país que comprovem a utilização de alguma ferramenta, vamos avaliar a possibilidade da utilização de redes apreendidas pelo próprio Ibama e de outras ferramentas para evitar que esse material chegue aos estuários, detalhou.
Libardi ainda frisou que não tem como confirmar se o óleo vai ou não chegar ao litoral capixaba. Nós precisamos estar preparados caso essa mancha chegue, para dar uma resposta rápida, limpando as praias, os estuários, devolvendo tudo ao estado normal, finalizou.
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