Muitas perguntas e poucas respostas sobre o grave acidente que matou duas pessoas e deixou outras quatro feridas na tarde desta quinta-feira (11), na ES 248, em Linhares, na região Norte do Estado. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o que de fato aconteceu antes e depois que o táxi capotou.
Segundo a polícia, no momento do acidente, seis pessoas estavam no veículo, uma a mais do que o permitido pela legislação. Rayanne Gonçalves, de 24 anos e Carlos Alberto de Jesus, de 44, não resistiram e morreram no local. Leonardo Gama, de 27 anos está internado em estado grave no Hospital Geral de Linhares (HGL). Ivaneide Ferreira, de 48 e Monyelle Pereira Costa, de 20 anos, foram levadas para o Hospital Rio Doce onde continuam internadas, também em estado grave. As três vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros.
Não se sabia até então que uma sexta pessoa também estava no carro na hora acidente. O mecânico Marcelo Vieira, de 33 anos, foi encontrado, segundo a família, horas depois do acidente em uma área de pastagem, próximo ao local onde o táxi capotou. Ele sofreu uma fratura na perna, foi socorrido e levado para o Hospital Rio Doce, onde permanece internado.
Inicialmente, a polícia havia informado que Marcelo era uma das vítimas que havia sido levada imediatamente para o hospital, mas na verdade ele foi o último a ser localizado. Como os documentos dele foram encontrados na cena da capotagem e havia um ferido sem identificação, ele acabou entrando na contagem das vítimas socorridas.
Questionados sobre por que a sexta vítima não foi localizada durante o resgate, o Corpo de Bombeiros ressaltou, em nota, que fez as varreduras por todo o local, mas ninguém foi encontrado e disse ainda que para o atendimento da ocorrência foi estabelecido um perímetro no entorno do local do acidente para identificar outras vítimas. A nota diz ainda que há a desconfiança de que ele (Marcelo Vieira) tenha saído do local e conclui dizendo que o caso será investigado pela Polícia Civil.
Ainda não sabe qual a relação entre as pessoas que estavam no veículo quando tudo aconteceu e nem para onde eles estavam indo. Em entrevista para A Gazeta, o taxista e dono carro, Lucas Oliveira, contou que havia deixado o táxi para conserto com o mecânico Marcelo Vieira no último dia 4 de outubro. Assim que soube do acidente, foi até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência.
Por telefone, o mecânico Marcelo Vieira conversou com a TV Gazeta Norte e disse que o acidente aconteceu depois que o pneu do veículo estourou. Disse ainda que havia feito reparos no carro e que tinha autorização do taxista para fazer testes, e era o que estava fazendo quando o acidente aconteceu. Entretanto, não soube esclarecer o que outras cinco pessoas estavam fazendo dentro do veículo, nem comentou sobre sua ligação com elas.
Diante de tantas informações desencontradas, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar os fatos. Nenhuma das vítimas que sobreviveram foram ouvidas até o momento. Entretanto, pessoas ligadas indiretamente ao fato já prestaram depoimento na Delegacia Regional de Linhares. Caso fique comprovado ao final da investigação que o condutor do veículo agiu com imprudência, negligência ou imperícia, ele pode ser responsabilizado por isso.
O acidente aconteceu pouco antes do meio-dia desta quinta-feira (10), na ES 248, em Linhares, na região Norte do Estado. Inicialmente foi informado que cinco pessoas estavam no táxi: duas morreram na hora e três foram socorridas para hospitais da cidade. Uma sexta vítima, o mecânico Marcelo Vieira, deu entrada no hospital Rio Doce, com fratura na perna. Segundo a família, Marcelo foi encontrado pela mãe, em uma área de pasto, próximo de onde o acidente aconteceu.
Segundo informações obtidas pela TV Gazeta Norte, o veículo saiu de Linhares e seguia sentido Colatina. Próximo ao trevo da Lagoa Nova, o motorista perdeu o controle da direção e capotou. Com o impacto do capotamento, pelo menos quatro dos ocupantes foram lançados para fora do automóvel.
A causa do acidente ainda é desconhecida e só poderá ser confirmada após finalizado o trabalho da perícia da Polícia Civil. No entanto, o Sargento Torezani, que atendeu a ocorrência, acredita que tenha sido motivado por excesso de velocidade. "Como o local é uma reta, o motorista provavelmente estava trafegando em alta velocidade e perdeu o controle sob o veículo", analisou.
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