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Tragédia em Linhares: pastor George chora durante terceira audiência

Tragédia em Linhares: pastor George chora durante terceira audiência

Outras audiências já foram marcadas para os dias 05, 12 e 19 de fevereiro, às 9 horas, no Fórum de Linhares

Publicado em 27 de novembro de 2018 às 23:53

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Pastor George Alves no fórum em Linhares. (TV Gazeta)

O pastor Georgeval Alves Gonçalves chorou durante a terceira audiência sobre a morte do filho Joaquim Alves e do enteado Kauã Salles, que aconteceu na manhã desta terça-feira (27), no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, no Norte do Estado. Ele e a esposa Juliana Salles são acusados pelas mortes das crianças, no dia 21 de abril, na casa onde a família morava em Linhares.

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Apesar de a presença dos dois pastores ter sido requisitada pela justiça à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), somente o pastor George Alves chegou ao local por volta de 9h da manhã, escoltado no carro da Sejus, para a audiência de instrução e julgamento, que não é aberta ao público, de acordo com o TJES, pois o processo tramita em segredo de Justiça.

A pastora Juliana Salles continua presa no Presídio de Teófilo Otoni em Minas Gerais, desde o último dia 14, quando foi detida em uma loja no centro da cidade mineira, junto com uma amiga.

O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES) informou que 15 testemunhas estavam previstas para serem ouvidas na terceira audiência na 1ª Vara Criminal de Linhares. Porém, 10 testemunhas foram ouvidas durante quase 12 horas de audiência, que teve pausa para almoço, e terminou por volta de 19 horas. As demais testemunhas foram dispensadas.

Durante a manhã, quatro testemunhas foram ouvidas. Dentre elas estava uma mulher que morava na casa dos pastores. Após sair da sala de audiência, ela encontrou com a advogada de defesa dos pastores, Millena Freire e bastante emocionada, ela abraçou a advogada.

VÍDEO

À reportagem a testemunha disse que prestou seu depoimento, mas não poderia dar detalhes do conteúdo. Além disso, ela informou que ainda não conseguiu retornar à casa para pegar os pertences que havia deixado no local, pois a chave do imóvel está com a proprietária. 

A testemunha deixou o fórum, por volta de 17 horas, acompanhada de um membro da Igreja Batista Vida e Paz de Linhares, que chegou a ter o veículo apreendido pela polícia, por estar emprestado com o pastor George, e também foi ouvido na audiência.

A irmã de Juliana Salles, Amanda Salles também esteve no fórum. Ela chegou pela manhã e saiu por volta de 18 horas do local, sem falar com a imprensa.

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O pastor George foi o último a deixar o local, por volta de 19 horas no veículo da Sejus e retornou para o Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Grande Vitória, onde está preso desde o dia 28 de abril, acusado de estuprar e agredir o enteado Kauã e o filho Joaquim e depois ter colocado fogo nas crianças ainda vivas. 

Outras audiências já foram marcadas para os dias 05, 12 e 19 de fevereiro, às 9 horas, no Fórum de Linhares. Além dessas, outras testemunhas no estado de Minas Gerais e no Espírito Santo, que não residem em Linhares, serão ouvidas através de cartas precatórias.

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A advogada Lharyssa de Almeida Carvalho, que atua junto com o advogado Siderson Vitorino, representando a família de Rainy Butkovsky, pai biológico de Kauã Butkovsky, de 6 anos fez uma avaliação da terceira audiência. Esta foi a primeira vez que eles participaram de uma audiência, após serem autorizados a entrarem no processo, através de uma decisão judicial.

"As oitivas foram excelentes para a acusação e só reforçam o conteúdo do caderno processual", disse.

PRIMEIRA AUDIÊNCIA

A primeira audiência do caso aconteceu no dia 10 de outubro, na 1ª Vara Criminal de Vitória, onde foram ouvidos o pai de Kauã, Rainy Butkovsky, a avó paterna do menino, Marlúcia Butkovsky, peritos e investigadores do caso.

SEGUNDA AUDIÊNCIA

Na segunda audiência que aconteceu no dia 23 de outubro, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley em Linhares, foram ouvidas 16 testemunhas do caso. A sessão durou cerca de 9 horas e foi marcada por protestos em frente ao Fórum de Linhares. Os pastores Georgeval Alves Gonçalves e Juliana Pereira Salles Alves também estiveram no local e chegaram juntos em uma van do sistema penitenciário.

MUDANÇA DE PROMOTOR

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A promotora Rachel Tannenbaum, da 2ª Promotoria Criminal de Linhares, que conduziu as investigações finais que levaram à denúncia e a prisão da pastora Juliana Salles, informou à reportagem que não está mais à frente do caso, e quem assumirá o promotor Claudeval França Quintiliano.

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