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Unidades do SML de Colatina e Linhares ficam sem legistas

Unidades do SML de Colatina e Linhares ficam sem legistas

A Polícia Civil apontou um imprevisto de escala dos profissionais para justificar o problema. Os corpos que deram entrada nas unidades nesta segunda-feria (02) foram encaminhados para Vitória

Publicado em 2 de março de 2020 às 21:23

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SML de Colatina. (Heriklis Douglas )

As famílias do Norte e do Noroeste do Espírito Santo que perderam um parente ou amigo nesta segunda-feira (2), tiveram que esperar mais para fazer a liberação dos corpos. Os Serviços Médicos-Legais (SML) de Colatina e Linhares ficaram sem médicos-legistas e os cadáveres tiveram que ser encaminhados para Vitória.

A Polícia Civil informou, por nota,  que a situação foi causada por imprevistos nas escalas dos médicos das unidades afetadas. Em Colatina, a médica solicitou troca de plantão por problemas familiares e, em Linhares, o médico foi afastado do trabalho devido a um problema de saúde. A Polícia Civil prometeu que os serviços serão normalizados nesta terça-feira (3). O número de famílias afetadas pela falta de servidores nas duas unidades não foi informado. 

PROBLEMA ANTIGO 

Apesar da polícia justificar a situação como um imprevisto, o serviço do SML nas cidades do interior do Estado passaram por vários problemas nos últimos meses.

No dia 17 de fevereiro, o SML de Colatina ficou sem água e ainda não tinha alguns funcionários, atrasando a liberação dos corpos. Até parentes e amigos de alguns mortos precisam colaborar com os trabalhos para agilizar o processo de liberação dos cadáveres.

Há problemas também no Sul do Estado. Em Cachoeiro de Itapemirim, não tem médico legista todos os dias da semana e, em alguns casos, as famílias precisam aguardar o plantão do profissional ou levar o corpo do ente querido até Vitória.

Além disso, em outubro dezembro de 2019, o colunista Leonel Ximenes de A Gazeta também mostrou que os SMLs do interior do Estado estavam sem legista para atender a população.

POLÍCIA PROMETEU RESOLVER PROBLEMA 

Após os problemas registrados em Colatina no mês de fevereiro, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, pediu desculpas à população pelos episódios de demora no atendimento, recolhimento e liberação de corpos nas unidades do SML.

Para amenizar a crise, ele anunciou que, de forma emergencial, a Polícia Civil firmou um convênio com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), para contratar dois motoristas para atuar em Colatina. Junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) serão contratados médicos e técnicos de enfermagem até a conclusão de um concurso, que está previsto para o mês de agosto. A Polícia Civil não informou se estes profissionais já estão trabalhando.

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