> >
Ex-prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro morre por complicações da Covid

Publicado em 14 de abril de 2021 às 06:53

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

O ex-prefeito de Santa Teresa e ex-deputado estadual Gilson Amaro, de 75 anos, morreu por volta das 23 horas desta terça-feira (13) por complicações da Covid-19.  Ele estava internado há 57 dias – dois dias passou no hospital na cidade que administrou por quatro mandatos e os demais na UTI Covid do Hospital São José, em Colatina. Na noite desta terça, o ex-prefeito teve um choque séptico pulmonar, falência múltipla dos órgãos e não resistiu.

Gilson Amaro nasceu em 10 de agosto de 1945 em Santa Júlia, na época, distrito de Santa Teresa e, depois, de São Roque do Canaã, após a emancipação. De acordo com familiares, Gilson foi um líder desde a infância.

Aos 12 anos, era líder na Igreja São Francisco; aos 14, engraxava sapatos na Vila Rubim, em Vitória; e, depois, foi cobrador de ônibus, balconista e metalúrgico na Usiminas, em Ipatinga (MG).

"Gilson exerce o dom de servir ao próximo desde quando ele nasceu. Uma pessoa simplória, mas com muita sabedoria. Sabedoria calejada pela vida", afirmou Said Sales, filho do ex-prefeito, nesta quarta-feira (14). 

Político tradicional, Gilson Amaro foi vereador, deputado estadual e prefeito por quatro mandatos. Ele entrou na vida pública aos 43 anos, sendo eleito em 1989 como o terceiro vereador mais votado de Santa Teresa, na Região Serrana do Estado. No pleito seguinte, em 1992, elegeu-se prefeito e passou a trabalhar no prédio da prefeitura, o qual ajudou a construir quando trabalhava auxiliando o pai dele que era pedreiro.

"Quando ele subiu a escada da prefeitura, sentiu muita emoção por saber que ele ajudou a carregar os tijolos, a massa para construir aquela prefeitura, e chegou a ser prefeito. Com isso, ele se dedicou muito a fazer o bem para as pessoas e construir um legado político de ajudar as pessoas", contou Said. 

Gilson Amaro, torcedor do Botafogo(Acervo Pessoal )

Em 2000, Gilson Amaro tentou voltar ao comando do município, mas não conseguiu. Nas eleições de 2002, foi eleito deputado estadual, e, nas eleições 2004, venceu o pleito municipal e voltou a administrar Santa Teresa. Em 2008, foi reeleito e comandou o município até 2012. Nas eleições de 2016, o político voltou a disputar a prefeitura e novamente saiu vitorioso.

Em 2020, tentou se reeleger, mas não obteve sucesso no pleito, ficando em segundo lugar, com 28,24% dos votos válidos. Kleber Medici (PSDB) foi eleito com 50,80%. Gilson Amaro estava filiado ao PP. Antes, já havia passado por siglas como DEM, MDB e PRTB.

HOMENAGENS A GILSON AMARO

Diversas autoridades do Estado manifestaram pesar pela morte de Gilson Amaro. Pelo Twitter, o governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que o ex-prefeito, mais uma das vítimas da Covid-19, deixa "um legado de trabalho, dedicação e amor à sua terra".

Casagrande decretou luto oficial de três dias no Estado pelo falecimento de Gilson Amaro, conforme publicação extra do Diário Oficial nesta quarta. 

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito SantoErick Musso (Republicanos), manifestou condolências aos familiares do ex-prefeito e afirmou que Gilson Amaro era um "homem de vida simples e muito querido por todos".

O ex-governador do Estado Paulo Hartung (sem partido) afirmou que Gilson Amaro era um "homem público dedicado e zeloso" e que teve papel fundamental na reorganização da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), a qual presidiu entre 2009 e 2012. 

"Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do ex-prefeito de Santa Teresa, Gilson Amaro. Ele era um homem público dedicado, zeloso e que tinha um profundo amor pela cidade. Gilson teve um papel fundamental na política do Espírito Santo, ajudando na reorganização da Amunes. Meus sinceros sentimentos e solidariedade à família e aos amigos", disse em nota.

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, recordou os momentos com Gilson Amaro e disse que a vida política dele "deve ser guardada com zelo".

Gilson Amaro deixa esposa, dona Marlene, com quem estava casado há 38 anos, e sete filhos. 

Devido à pandemia de Covid-19, não haverá velório. Homenagens poderão ser prestadas no cortejo que passará durante a tarde desta quarta-feira por Santa Teresa e não terá a rota divulgada para não promover aglomerações.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais