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Familiares e amigos se despedem de Flavio Corrêa, fundador do El Rachid

Familiares e amigos se despedem de Flavio Corrêa, fundador do El Rachid

Empresário faleceu na última sexta-feira (19), aos 58 anos. Ele comandava o tradicional restaurante árabe que funcionou por 26 anos no Shopping Vitória

Publicado em 22 de junho de 2020 às 13:56

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Flávio Lima Corrêa
Flavio Lima Corrêa morreu aos 58 anos, vítima de uma parada cardíaca. (Arquivo pessoal/Facebook)

Foram 26 anos servindo com excelência pratos da culinária árabe no maior shopping da Capital, levando aos clientes clássicos como arroz com lentilhas, quibe, kafta, tabule, coalhada seca e muitos outros. Por trás de cada um deles, estavam o empresário Flavio Lima Corrêa e o chef Gustavo Corrêa, irmãos que fizeram do restaurante El Rachid um dos mais tradicionais de Vitória. A casa encerrou as atividades no final do ano passado.

A parceria de longa data dos irmãos, entretanto, foi interrompida na última sexta-feira (19). Aos 58 anos, Flavio sofreu uma parada cardíaca, em casa, e faleceu. O empresário era a cabeça pensante nos negócios da tradicional família Corrêa, que além do El Rachid, notabilizou-se  na gastronomia também pelos bares Balacobaco e Devassa, já extintos, e ainda pelo cerimonial Itamaraty Hall.

Ainda lidando com a tristeza pela perda do irmão, o chef Gustavo Corrêa ressaltou a importância que o familiar teve para o crescimento dos negócios e também a saudade que ele deixa na família, nos amigos e também em muitos clientes de longa data.

"Costumo dizer que eu pensava e planejava os negócios e o Flavio era quem colocava em prática. Ele sempre esteve à frente na gestão e na capacitação dos funcionários, fazia o contato com os clientes e ainda ajudava na criação do cardápio. Um dos pratos de maior sucesso do El Rachid era o quibe de frango, e foi criação dele. Embora não tivesse formação gastronômica, ele tinha essa capacidade de planejar bem um cardápio", contou Gustavo.

Aniversário de Penha Lima Correa, com os filhos Gustavo, Bruno, Flavio e Adriano e o marido Jorge
Flavio, de óculos, tocava os negócios da família ao lado dos irmãos Gustavo, Adriano e Bruno, e dos pais Jorge e Penha . (Mônica Zorzanelli )

EL RACHID

O restaurante mais longevo da família Corrêa abriu as portas na inauguração do Shopping Vitória, no dia 28 de junho de 1993, e desde então tornou-se referência em cozinha árabe no Estado. A visão estratégica de Flavio foi determinante para os mais de 20 anos de funcionamento da casa.

O restaurante El Rachid funcionou por mais de 25 anos no Shopping Vitória
O restaurante El Rachid funcionou por mais de 25 anos no Shopping Vitória. (Divulgação)

"Muitos clientes achavam que tínhamos origem árabe ou libanesa, mas na verdade não. Quando compramos um espaço no shopping, planejamos abrir um restaurante desse segmento pois queríamos diversificar. Não havia tantos com essa especialidade em Vitória. Então, eu, Flavio e a família decidimos seguir por essa área, e foi assim até o ano passado, quando decidimos em conjunto encerrar as atividades", explicou.

O Shopping Vitória manifestou pesar pelo falecimento do empresário Flávio Corrêa: "Além da atuação no cerimonial Itamaraty Hall, na qual era um dos proprietários, Flávio era dono do restaurante árabe El Rachid , que fez parte da história do Shopping Vitória desde a sua inauguração, fechando em setembro de 2019. Neste momento de dor, nos solidarizamos com familiares e amigos pela perda e manifestamos nosso agradecimento pelos anos de trabalho e convivência conosco."

AFASTAMENTO

Flavio sempre esteve à frente dos negócios, mas nos últimos anos precisou se afastar por conta da saúde, salientou o irmão. "Ele precisou dar um tempo para cuidar de si. Flavio era diabético, obeso e não estava com a saúde muito boa, então foi preciso ficar em casa. Infelizmente, esses fatores contribuíram para a fatalidade ocorrida na última sexta-feira".

Flávio Lima Correa, proprietário do bar Balacobaco, na Praia do Canto
Flavio também comandou o extinto bar Balacobaco, aberto em 2000 na Praia do Canto. (Carlos Alberto Silva)

Além do tino para a gestão de negócios, Flavio também tinha preocupação com questões sociais. O empresário ajudou a desenvolver um projeto voltado para crianças e jovens em vulnerabilidade.

"Ele fazia um trabalho com a Obra Social Gabriel Delanne, que atende cerca de 250 crianças e que depende exclusivamente de doações. Lá cuidamos de crianças abandonadas, filhas de pessoas envolvidas com drogas e outras situações de risco. Ele acreditava que com esse projeto poderia mudar o futuro delas, então plantou essa semente. Agora ela vai se desenvolver e futuramente renderá bons frutos", destacou Gustavo.

DESPEDIDA

Flavio era casado com Fabiola Saadi e deixa um filho de 16 anos. O empresário era o primogênito do casal Jorge e Penha Lima Corrêa, e tinha outros dois irmãos além de Gustavo: Adriano e Bruno. O sepultamento foi realizado no último sábado (20), no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória.

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