Marília Braga, filha do escritor e jornalista Newton Braga e sobrinha do cronista Rubem Braga, morreu aos 81 anos, neste domingo (5). Newton era uma das principais personalidades de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Segundo informações da prefeitura da cidade capixaba, ela se sentiu mal neste sábado (4) e foi levada para um hospital no Rio de Janeiro, onde faleceu no início da manhã. A causa da morte não foi informada.
Nascida em 17 de maio de 1940, Marília era a segunda dos três filhos de Newton com a artista plástica Isabel Cúrcio Braga. Ela morou por cerca de 20 anos nos Estados Unidos, tendo sido uma grande estudiosa da vida de Eleanor Roosevelt, ex-primeira-dama do país norte-americano, que se destacou por seu trabalho em defesa dos direitos humanos.
Com os irmãos Edson e Rachel, Marília participou, em 2011, da edição do livro Newton Braga, Cachoeirense Ausente, em comemoração ao centenário do escritor. Recentemente, compilou todas as poesias do pai, da década de 20 à década de 60, trabalho que resultou em um livro, com previsão de lançamento para 2022.
Recentemente, Marília participou ativamente das ações de celebração dos 110 anos de seu pai. Em agosto, ela e sua irmã Rachel estiveram em Cachoeiro para a inauguração da exposição Newton Braga entre seus amores, na Casa dos Braga, e para a recolocação do busto de Newton na parte central da praça Jerônimo Monteiro. Marília Braga deixa um filho.
O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), decretou luto oficial de três dias pelo falecimento de Marília Braga.
Jornalista, advogado e escritor, Newton nasceu em 1911, na fazenda do Frade, administrada pelo pai, Francisco Braga, primeiro prefeito de Cachoeiro. Estudou no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, cidade onde atuou em jornais e publicou poemas com influência do modernismo. Voltou para a cidade natal, em 1932, onde foi jogador do Estrela do Norte e redator-chefe do Correio do Sul, que usou para impulsionar movimentos cívicos, como a criação do Dia de Cachoeiro. Lirismo perdido, Cidade do interior e Poesias e prosa são algumas de suas principais obras.
Newton Braga era popular e gostava tanto de Cachoeiro de Itapemirim que, em 29 de junho de 1939, dia de São Pedro, padroeiro da cidade, criou o famoso Dia de Cachoeiro. Newton Braga faleceu em junho de 1962.
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