> >
100 dias sem resposta: família de veterinária do ES morta na Bahia cobra justiça

100 dias sem resposta: família de veterinária do ES morta na Bahia cobra justiça

Crislaine Boldrini Faé, de 29 anos, trabalhava em um frigorífico em Teixeira de Freitas e foi assassinada a tiros. Polícia baiana já ouviu oito testemunhas, mas ninguém foi preso

Publicado em 11 de outubro de 2022 às 09:41

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Crislaine Boldrini Faé, de 29 anos, assassinada a tiros depois de ser perseguida em Teixeira de Freitas, na Bahia.
Crislaine Boldrini Faé, de 29 anos, assassinada a tiros depois de ser perseguida em Teixeira de Freitas, na Bahia. (Reprodução | Redes sociais)

Já se passaram mais de 100 dias desde a morte da médica veterinária Crislaine Boldrini Faé, de 29 anos, e a família continua sem saber da autoria do crime ou quem teria sido o mandante. Ela foi perseguida e assassinada a tiros por dois homens após sair do trabalho na cidade de Teixeira de Freitas, no Sul da Bahia. O crime aconteceu no dia 23 de junho deste ano.

Crislaine era de Rio Bananal, no Norte do Espírito Santo, e trabalhava como fiscal de qualidade de um frigorífico na cidade baiana. A família acredita que a motivação do crime pode ter relação com uma auditoria no estabelecimento que estava agendada cinco dias depois da morte da veterinária.

A Polícia Civil de Teixeira de Freitas informou para a reportagem da TV Gazeta Norte que já ouviu oito testemunhas, mas até agora ninguém foi preso e a motivação do crime ainda não foi descoberta, causando angústia na família de Crislaine.

“Nossa família praticamente parou ali. A gente fica indignado, porque a minha filha trabalhava honestamente, era uma pessoa correta, ética. Quem foi o mandante?”, disse a mãe da vítima, Maria Aparecida Boldrini Faé. O pai de Crislaine ainda está muito abalado e não teve condições de falar com a reportagem.

Mãe de Crislaine, em entrevista à TV Gazeta Norte
Mãe de Crislaine, em entrevista à TV Gazeta Norte. (Jota Junior)

A esperança da família e de amigos é que os autores do crime sejam identificados e presos. O pedido por justiça foi espalhado por meio de outdoors em Teixeira de Freitas.

“Até hoje não vimos um posicionamento firme da Justiça. Eu sei que encontrar o mandante não vai trazer ela de volta, mas vai trazer um acalento para a família e para a classe veterinária”, disse a amiga Gabriela Gaburro, que também é médica veterinária.

Pedido por justiça em outdoor em Teixeira de Freitas
Pedido por justiça em outdoor em Teixeira de Freitas. (Reprodução)

Crislaine iria se casar em novembro deste ano. Ela nunca contou para a família ou o noivo se sofria ameaças de morte.

Procurada pela reportagem, a empresa Frigórifico Rio Doce S/A (Frisa) informou, por nota, que "desde o trágico acontecimento que vitimou a Sra. Crislaine Faé, não apenas prestou imediata solidariedade à família, como também está acompanhando as investigações, pois também deseja que os fatos sejam esclarecidos e os culpados sejam punidos".

SOBRE O CRIME

A médica veterinária Crislaine Boldrini Faé, de 29 anos, foi morta a tiros depois de ser perseguida por dois homens de motocicleta em Teixeira de Freitas, cidade do Sul da Bahia.

De acordo com a Polícia Civil baiana, Crislaine pilotava uma motocicleta quando dois homens em outra motocicleta bateram contra a vítima, que caiu no chão. Em seguida, um dos suspeitos atirou contra a médica veterinária, que morreu no local. A médica veterinária estava saindo do trabalho, ainda de uniforme, quando foi baleada

Ela foi atingida por quatro tiros. Segundo o g1 da Bahia, após o crime, os suspeitos se envolveram em um acidente com um carro durante a fuga. Eles deixaram cair a arma utilizada no assassinato e conseguiram escapar em seguida.

*Com informações de Tiago Félix, da TV Gazeta Norte

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais