Uma operação da Polícia Civil prendeu 22 homens por meio de mandado de busca e de prisão. Eles são suspeitos de estupro, feminicídio, agressões físicas, verbais e descumprimento de medida protetiva. Os homens foram detidos nesta quarta-feira (27), na Grande Vitória e no interior, em uma operação realizada simultaneamente em outros Estados do país, de acordo com a polícia.
Segundo o delegado Geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a operação Maria está na 6ª edição. Santa Cataria, Rio Grande do Sul e Roraima são outros Estados que também fizeram a ação nesta quarta-feira. O nome escolhido é referência a Lei Maria da Penha. Foi um excelente resultado. São 22 presos em um trabalho repressivo que impacta no serviço preventivo da polícia. Essa operação tira de circulação homicidas que, por sua vez, cometem crime de feminicídio, afirmou.
A chefe das Divisões das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam), Claudia Dematté, destacou que a operação teve início às 5h, contou com 15 viaturas e 48 policiais. Nós tivemos o apoio de todas as superintendências do interior para realizar este trabalho e tirar esses agressores das ruas. Foi um trabalho árduo e vamos continuar.
Claudia Dematté informou que durante o ano outras operações foram realizadas. Ao todo a polícia já prendeu em todo estado 301 homens. Estavam presos até a presente data 279, hoje realizamos mais prisões. Durante o cumprimento de mandado de prisão a gente junta informações e, o suspeito que não é detido em uma operação, nós prendemos ao longo dos dias ou na ação seguinte, relatou.
Em comparação com 2018, o número aumentou. A delegada destaca que isso é porque as vítimas estão sendo encorajadas a denunciar. Ano passado de janeiro a dezembro foram 240 cumprimentos de mandado de prisão. Este ano, não chegamos em dezembro e já são 301. Isso não é porque a violência aumentou e sim, porque as vítimas estão denunciando mais. Essas mulheres estão acompanhando o trabalho da polícia e percebendo que podem confiar. Esses criminosos não vão ficar impunes no nosso estado, frisou.
Durante a operação, um dos casos chamou atenção da polícia. Um dos suspeitos, mandou áudio para a ex-companheira, dizendo que a mataria e a polícia não o pegaria a tempo, de acordo com Demantté.
Eles eram moradores da Serra e tiveram um relacionamento de quatro anos. Desta relação, veio o filho que hoje tem 1 ano e meio. Primeiro o suspeito começou com as agressões verbais e em seguida as físicas, a mulher percebeu que era vítima de toda aquela situação e decidiu separar em agosto, contou.
A delegada destacou que, o suspeito não aceitou o fim da relação e começou fazer ameaças a ex-mulher. Ela então procurou a delegacia. Ela buscou ajuda da polícia e foi determinada medida protetiva. Mas a mulher conheceu outra pessoa e tudo piorou. O homem descumpriu a medida e, além disso, começou fazer ameaças por áudio no WhatsApp.
Demantté informou ainda que foi em um desses áudio que o homem desafia a polícia. Ele disse que mataria a mulher com vários disparos na face dela. Que no velório o caixão teria que ser fechado, porque ele queria acabar com a imagem dela. Foi então que ele disse, Posso ser preso, mas antes disso eu acabo com você e a polícia não vai me impedir. Ele estava enganado. A polícia fez o trabalho dela e agora ele está preso.
PRISÕES POR DESCUMPRIMENTO DE MANDADO DE PRISÃO
PRISÕES POR AMEAÇA
PRISÕES POR LESÃO CORPORAL
PRISÕES POR ESTUPRO
ESTATÍSTICAS DO ANO DE 2019
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