O Espírito Santo fechou 2023 com 978 homicídios registrados. Dentre as vítimas, 65% tinham envolvimento com o tráfico de drogas e armas. Os dados detalhados foram divulgados na manhã desta terça-feira (2) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) durante coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta, em Vitória.
De acordo com o relatório, em 2023, seis em cada dez mortes foram motivadas por confrontos ligados ao tráfico. Além disso, 66% dos homicídios têm característica de execução, sendo que, em 79% das vezes, as armas de fogo foram o meio utilizado para a consumação dos crimes.
Em relação a 2022, quando 1.007 assassinatos foram registrados, o Estado teve 29 homicídios a menos durante 2023, o que representa uma redução de 2,9%, o melhor resultado da série histórica, que é contabilizada desde 1996.
Apesar da redução no cenário estadual, as regiões Norte e Noroeste apresentaram um aumento de 13,1% e 27,4%, respectivamente, no registro de homicídios. Ao mesmo tempo, Vitória teve crescimento no número de mortes: 21,4%. Em 2022, foram 70 assassinatos na Capital. Já em 2023 o número chegou a 85.
De acordo com o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, esse aumento dos homicídios em algumas regiões acontece devido aos confrontos relacionados à disputa por território para o tráfico de drogas.
“Até os meses de julho e agosto, tínhamos os números controlados. Mas, diante dos conflitos [...], a rivalidade deles se traduz em matar indivíduos que pertencem a outras organizações criminosas. Temos certa dificuldade em algumas situações de policiamento, mas há um esforço para que a gente possa tentar reverter esses números”, disse Ramalho.
Ainda segundo a Sesp, 56% dos homicídios registrados no Espírito Santo em 2023 aconteceram em via pública, sendo 52% deles no período noturno, com 93% das vítimas sendo do sexo masculino.
Diante dos números expostos, representantes da Sesp destacaram que as forças de segurança do Espírito Santo trabalham em conjunto para enfrentar o tráfico de drogas e armas no Estado, bem como atuam para diminuir casos de furtos e roubos.
“Estamos enfrentando organizações criminosas com bastante força. O Espírito Santo não permitirá que essas facções dominem o Estado. Vamos garantir o direito de ir e vir com segurança do cidadão capixaba”, disse Douglas Caus, comandante-geral da Polícia Militar (PMES).
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