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Acusado de matar a menina Thayná é morto em presídio de Vila Velha

Acusado de matar a menina Thayná é morto em presídio de Vila Velha

Um companheiro de cela de Ademir foi encaminhado ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e assumiu a autoria do crime. Em depoimento, ele disse que foi assediado pela vítima e o enforcou

Publicado em 21 de junho de 2020 às 10:15

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Ademir foi preso pelo estupro e assassinato da menina Thayná, na época com 11 anos
Ademir foi preso pelo estupro e assassinato da menina Thayná, na época com 11 anos. (Bernardo Coutinho)
Acusado de matar a menina Thayná é morto em presídio de Vila Velha

O acusado de matar a menina Thayná Andressa Jesus do Prado, em 2017, Ademir Lúcio Ferreira de Araújo, foi assassinado na noite deste sábado (20) dentro da Penitenciária Estadual de Vila Velha 5 (PEVV 5). Um companheiro de cela dele, de 28 anos, foi encaminhado a uma unidade de delegacia da Polícia Civil e assumiu a autoria do crime. Ele foi autuado por homicídio qualificado. A Secretaria de Justiça do Estado do Espírito Santo (Sejus) informou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

Ademir estava preso desde novembro de 2017 pela morte da menina Thayná, na época com 12 anos. Ele é acusado de sequestrar, abusar e matar a criança no bairro Universal, Viana. O caso gerou grande comoção pública. Ademir também cumpria pena pelo estupro de uma outra criança, de 11 anos, pelo qual ele foi condenado a 34 anos de prisão em 2018. Ele possuía processos por homicídio qualificado, roubo e estelionato e já havia sido agredido no presídio outras vezes. 

De acordo com a Polícia Civil, Ademir foi morto por um companheiro de cela. Em depoimento à Polícia, o detento contou que teria sido assediado pela vítima, que queria manter relações sexuais com ele. Por não aceitar, ele teria sofrido ameaças de Ademir e reagiu, o enforcando até a morte com um golpe conhecido como mata-leão. 

MORTE DE THAYNÁ

Thayná foi sequestrada no dia 17 de outubro de 2017, quando saiu para procurar caixas de papelão no bairro onde morava, em Universal, Viana. Na ocasião, a mãe dela, Clemilda Aparecida de Jesus, de 39 anos, procurou a polícia e pistas sobre o desaparecimento da menina. Foram idas aos comércios do bairro, conversas com moradores, tudo para levantar informações que pudessem ser usadas para ajudar a encontrar Thayná.

Dias depois, a mãe conseguiu o vídeo que mostrava Thayná entrando em um Gol prata, o que levou a investigação da polícia para a linha de sequestro. Sete dias depois, o carro foi encontrado em uma oficina de Guarapari. O veículo, segundo a polícia, era utilizado por Ademir Lúcio Araújo Ferreira, que passou a ser apontado como principal suspeito do crime.

Uma megaoperação da polícia, realizada em Viana, encontrou a ossada de uma criança do sexo feminino, próximo a uma lagoa, semanas depois do sequestro de Thayná. O padrasto da menina reconheceu a roupa da enteada. O local, segundo a polícia, seria utilizado por Ademir para cometer outros crimes.

Após quase um mês de investigações, Ademir foi preso no Rio Grande do Sul. No dia da prisão, a mãe da menina disse que estava aliviada, mas aguardava a condenação do suspeito. O caso, contudo, não havia sido julgado pela Justiça até o momento. 

O sequestrador da menina Thayná, Ademir Lúcio Araújo Ferreira, 52 anos, à época
O sequestrador da menina Thayná, Ademir Lúcio Araújo Ferreira, 52 anos, à época. (Edson Chagas)

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