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Acusado de matar com golpe de foice é condenado a 30 anos de prisão no ES

Acusado de matar com golpe de foice é condenado a 30 anos de prisão no ES

O crime aconteceu em março de 2019, no interior de Grapuama, na zona rural de Aracruz, município localizado ao Norte do Estado

Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 00:19

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Acusado de matar empresário a golpes de foice é condenado a 30 anos de prisão
Acusado de matar empresário a golpes de foice é condenado a 30 anos de prisão . (Polícia Civil)

Acusado de matar o empresário José Almeida Goulart, de 62 anos, com um golpe de foice, Valdir Telles da Silva, de 48 anos, foi condenado nesta segunda-feira (30) a 30 anos de prisão, com regime inicial fechado e manutenção do cumprimento da prisão provisória, o que significa que o autor do crime não aguardará o fim do processo em liberdade. O crime aconteceu em março de 2019, no interior de Grapuama, na zona rural de Aracruz, município localizado ao Norte do Estado.

Na sentença, o juiz presidente do Tribunal do Júri, Tiago Fávaro Camata, condenou o acusado pela prática do crime hediondo de homicídio qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

Empresário morto em Aracruz. (Redes sociais)

"O Conselho de Sentença, em resposta aos quesitos, decidiu que o acusado Valdir Telles da Silva cometeu o crime em relação ao qual foi pronunciado. Ante o exposto, julgo procedente a pretensão punitiva formulada pelo Ministério Público, para condenar o réu Valdir Telles da Silva, qualificado nos autos, pela prática do crime previsto no art. 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal, c/c art. 1º, inciso I, da Lei 8.072/90", entendeu o magistrado.

O OUTRO LADO

Acionado pela reportagem, o advogado Edmar Santos de Souza, responsável pela defesa do réu, informou que irá recorrer da sentença. "Meu cliente estava apenas defendendo a propriedade e a vida dele. O que ocorreu é que a vítima sempre cortava luz e água dele e Valdir é trabalhador da roça e vivia da plantação. A vítima vendeu a ele uma propriedade para a qual ele guardou as economias da vida inteira e depois descobriu que havia restrição de uso. Comprou a terra, plantou e teve a água cortada. Depois de muita confusão com a vítima, que cortava sempre luz e água, ele teve um momento de raiva. Meu cliente foi acuado, ficou 10 dias fugido na mata porque tinha pistoleiro contratado pelo empresário indo atrás dele", iniciou.

Também segundo Souza, o réu agiu em legítima defesa. "A vítima estava armada, ameaçando, era matar ou morrer. E o júri de Aracruz é um júri viciado, não tem imparcialidade. Jurados e promotores almoçam juntos. Meu cliente é réu primário, tem bons antecedentes, o desfecho foi absurdo. A pena dele foi muito alta e isso precisa ser revisto. A família do empresário contou com assistente de acusação, divulgaram o caso nas redes sociais e cartaz na cidade, teve comoção do público. Por isso tudo pedi desaforamento e foi negado. Se meu cliente errou, tem que pagar na medida do erro, mas foi uma pena exacerbada", concluiu.

O CRIME

José Almeida Goulart, de 62 anos, foi morto com um golpe de foice no dia 28 de março, no interior de Grapuama, zona rural de Aracruz. José era empresário e foi ao local do crime verificar uma confusão entre um morador da região e um prestador de serviços.

Segundo informações da polícia, José Almeida era proprietário do loteamento onde o crime aconteceu. Ele havia ido ao local após uma confusão entre um prestador de serviço que estava instalando hidrômetros nas casas e lotes da região com um morador, apontado pela polícia como autor do homicídio. Ao chegar até a casa do suspeito, este já deixou a residência revoltado. José foi vítima de um golpe de foice na região da cabeça e morreu na hora.

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