Acusado de matar o vizinho a facadas, Janilto Magalhães Lopes, de 45 anos, foi detido no último dia 20, no bairro Jardim da Penha, em Vitória. Ele é apontado como responsável pelo assassinato de Douglas Cosme da Silva, de 36 anos, ocorrido em abril deste ano, na região da Lagoa de Carapebus, na Serra.
Conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (29) pela Polícia Civil, o homem foi preso preventivamente enquanto buscava o cartão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para receber um benefício. Atualmente, ele já é réu em uma ação penal sobre o caso na Justiça.
Adjunto na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, o delegado Daniel Fortes afirmou que o assassinato aconteceu depois de uma briga que envolveu a vítima, o acusado e a família dele (pai e irmão). Todos os envolvidos eram vizinhos e moravam no mesmo bairro.
"Douglas e o pai do acusado iniciam uma discussão no bar e caminham até a casa do Jaime (pai de Janilto). Quando estão chegando em casa, alguém comenta que Douglas havia agredido Jaime, cujos filhos saem e vão para cima da vítima. Começam, então, as agressões mútuas", contou.
O cumprimento do mandado de prisão aconteceu depois que a equipe se dirigiu à empresa de ônibus em que Janilto trabalhava e soube que ele estava de licença médica. "Continuamos as diligências e descobrimos que ele teria que buscar um cartão no banco. Fizemos um cerco na Praia de Camburi e ele foi preso."
De acordo com o delegado adjunto, o acusado nega a participação no crime, "mas várias testemunhas confirmam, inclusive o pedreiro que socorreu a vítima e o filho da vítima". Ele está no Centro de Triagem de Viana e responderá por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa.
Na época do assassinato, a mãe de Douglas contou à TV Gazeta que o filho teria sido morto por um pedreiro, após uma briga, porque o profissional queria receber um valor acima daquele que havia sido combinado para o serviço feito na casa. As investigações, porém, descartaram essa versão.
"Essa suposta participação fez com que fotos do pedreiro fossem divulgadas como sendo de um dos autores. Tinham pessoas que queriam fazer justiça com as próprias mãos, e ele teve que sair do bairro. Os dois realmente discutiram em relação à cobrança, mas a discussão cessou", esclareceu Daniel Fortes.
Após presenciar o pai levando a facada, o menino de dez anos está fazendo acompanhamento psicológico. "A gente tem contato com a família, que nos informou que ele está em tratamento para poder amenizar o trauma que foi criado em função da cena vista", revelou o delegado.
"O que pedimos é mais tolerância para evitar casos como este. Douglas deixou uma mulher com dois filhos para criar. Não havia qualquer motivo para aquela facada. Temos que pensar no que vamos fazer. Não dá para tirar a vida de uma pessoa. Ele (Janilto) acabou com a vida dele e do rapaz", concluiu Fortes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta