O suspeito de pedofilia virtual e pornografia infantil Robson José dos Santos Reis, de 42 anos, é pai de três filhos pequenos e casado. Ele morava em Manaus, no Estado do Amazonas, onde foi preso na última sexta-feira (29), acusado de se passar por uma criança para atrair as vítimas na internet, onde pedia que elas enviassem fotos e vídeos íntimos para ele. A Polícia Civil informou o nome do detido em coletiva realizada nesta terça-feira (3).
As investigações que terminaram na prisão do suspeito começaram em setembro de 2022, após uma moradora do Espírito Santo denunciar que a filha, de 9 anos, estava sendo vítima do suspeito. Conforme informações do delegado Eduardo Oliveira, que responde pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Estado, a mulher contou que a filha trocou mensagens - durante pelo menos três meses - com o Robson acreditando que era uma criança, mas que ela suspeita que seria um perfil falso.
A partir da denúncia, a DRCC realizou um trabalho de inteligência onde foi possível identificar Robson e chegar até ele.
Por conta de Estados diferentes, a Polícia Civil do Espírito Santo informou a polícia do Amazonas, e foi cumprido um mandado de busca e apreensão. No momento que foi abordado, o suspeito tentou jogar o celular fora, mas o aparelho acabou apreendido e, nele, a polícia encontrou um vasto material de pornografia infantil.
Diante do flagrante, Robson - que é desempregado - confessou o crime e acabou preso.
No sábado (30), o delegado de crimes cibernéticos do Amazonas, Antônio Rondon, deu mais informações sobre o caso.
Ainda segundo o delegado, ele confessou ter mais de dez perfis falsos criados com essa intenção, criados nos últimos três anos. Pelo conteúdo encontrado no celular, a prisão foi em flagrante pelo crime de aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, uma criança, com o fim de ela praticar ato libidinoso.
O suspeito chegava até as vítimas através de um algoritmo do Instagram. O delegado Eduardo Oliveira, que responde pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) do Estado, explicou que a própria rede social sugeria perfis de crianças como sugestão de amizade.
“Procurava crianças de 9 a 11 anos. Puxava assunto, ganhava a confiança dessas crianças e envia vídeos de pornografia e pedia que a vítima enviasse de volta. Ele não ameaçava elas, se passava por amigo e começava uma conversa persuasiva”, disse o delegado Eduardo Oliveira.
No aparelho celular de Robson, a polícia encontrou diversos materiais contendo pornografia infantil. Ele ainda orientava como essas vítimas deveriam produzir os vídeos.
Alguns perfis do suspeito chegaram a ser bloqueados pela plataforma, na medida que o Instagram verificava o conteúdo pornográfico. No entanto, ele criava novos perfis.
O delegado ressaltou que a rede social colaborou com as investigações fornecendo as informações necessárias.
O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, alertou os pais de menores de idade sobre os conteúdos acessados pelos filhos.
“Uma mãe procura a delegacia e diz que a filha está se relacionando com outra criança, mas ela desconfiava que não era criança. Não tem essa de privacidade com criança. Tem que vigiar o conteúdo que ela está acessando e com quem está conversando”, destacou.
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