Repórter / vlodi@redegazeta.com.br
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 13:49
Um adolescente de 15 anos confessou para a Polícia Militar ter matado a tiros o pintor Thiago Henrique Moreira, de 43 anos, no bairro Ayrton Senna, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Os disparos efetuados pelo menor também feriram duas meninas, de 8 anos. O crime aconteceu no fim da tarde de terça (4) e o menor foi apreendido na manhã desta quarta-feira (5).
A PM recebeu a informação de quem seria o autor do crime e foi até a casa dele, encontrando a mãe e o irmão gêmeo do adolescente. Lá, testemunhas afirmaram aos agentes que o suspeito estava em um apartamento perto de uma academia. Os policiais foram até o local, onde localizaram o menor.
Conforme a corporação, o adolescente não esboçou reação e admitiu ser o autor dos disparos que mataram o pintor e que atingiram as crianças na praça. O rapaz disse que agiu sozinho e dispensou a arma em uma área de mata durante a fuga.
Ainda conforme a PM, o adolescente relatou que foi motivado por um desentendimento que teve com a vítima, citando que no dia anterior eles brigaram e, segundo ele, Thiago teria tentado matá-lo com um revólver calibre 32. Os dois tiveram um novo conflito, pois, conforme afirmou o menor, o pintor estaria devendo a ele uma quantia, fruto da venda de drogas.
Em nota, a Polícia Civil informou que o adolescente conduzido à Delegacia Regional de Colatina foi autuado por ato infracional análogo ao crime de homicídio e duas tentativas de homicídio. Após os procedimentos de praxe, ele foi encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase).
O corpo de Thiago foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Colatina, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. O adolescente não está sendo identificado por ser menor de idade, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
A vítima foi executada enquanto andava de moto e morreu no local. As crianças foram socorridas para o Hospital São José, no mesmo município. A reportagem de A Gazeta esteve na unidade hospitalar e apurou que uma delas foi baleada no pé, enquanto a outra foi atingida na barriga.
Até às 20h55, as crianças seguiam em atendimento no Hospital São José, quando uma delas estava em cirurgia para retirar um projétil que estava alojado no pé. A outra deve ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 24 horas, quando devem começar a tirar a sedação para ver a reação dela, segundo o relato de uma familiar.
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