Sob ameaças de morte, uma adolescente de 17 anos teria sido estuprada no banheiro do Terminal de Laranjeiras, na Serra. Segundo denúncia feita à Polícia Civil, o criminoso teria rendido a vítima com uma faca, nesta quarta-feira (30), obrigando a jovem a fazer sexo oral e passando a mão nas partes íntimas dela.
A mãe da menina, que não será identificada para preservar a vítima, contou que o suspeito chegou a rasgar a roupa da estudante ao praticar o crime. "Quando ela entrou no banheiro, ele não estava lá, mas ao sair do 'box', o cara pegou ela pelo pescoço e falou para não gritar, senão mataria ela", revelou.
O estupro teria acontecido no início da tarde, por volta das 13h30. "Ela estava indo para o estágio. Depois que ele saiu do banheiro, ela pegou a blusa de frio que tinha na mochila, se vestiu, esperou um pouco por medo e saiu. Bastante abalada, ela desabafou com uma amiga no local de trabalho", contou.
Atuando como babá, a mãe da jovem ficou sabendo sobre o ocorrido por telefone. "A pedagoga me ligou e disse, mais ou menos, o que havia acontecido. Saí correndo do serviço. Quando cheguei lá, minha filha estava chorando muito. De lá, fomos direto para a delegacia, fazer o boletim de ocorrência."
Apesar de não ter havido penetração, o crime pode ser considerado estupro devido à grave ameaça, cujo objetivo era forçar a vítima a praticar os atos sexuais — conforme previsto no Artigo 213 do Código Penal Brasileiro. Neste caso, pela idade da adolescente, a pena prevista varia de oito a doze anos de prisão.
Conforme o relato da menina à família, o suspeito era magro, moreno e aparentava ter cerca de 20 anos e 1,70 metro de altura. "Minha filha também contou que ele tinha parte do cabelo pintado de loiro platinado, formando uma espécie de quadriculado", detalhou.
Nesta quinta-feira (31), a mãe da adolescente esteve no Terminal de Laranjeiras na tentativa de ter acesso às imagens das câmeras de segurança. "Queremos que ele esteja atrás das grades e pague por isso. Ninguém merece passar pelo que a minha filha passou, porque é muito triste", desabafou.
No final da tarde de quarta-feira (30), enquanto registravam o crime na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Vitória, as duas — mãe e filha — teriam sido informadas que uma denúncia anterior tratava de um episódio semelhante, mas ocorrido no Terminal de Vila Velha.
Em nota, a Polícia Civil informou que ambos casos seguem sob investigação da DPCA. "Até o momento, nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados por enquanto." Quem tiver informações a respeito deve fazer o registro pelo Disque-Denúncia (181). O anonimato é garantido.
Responsável pela administração dos terminais do Sistema Transcol, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb) confirmou que a mãe entrou em contato e afirmou que se "sensibiliza com a dor da família e que se dispõe a colaborar no que for cabível".
"Quando situações como essa são identificadas pelos fiscais, o vigilante patrimonial é acionado para conter o suspeito e acionar a polícia. A Ceturb ressalta que colabora com as investigações, disponibilizando acesso às imagens de monitoramento dos terminais à polícia, quando solicitadas", esclareceu.
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