Após denunciar ter sido estuprada por um enfermeiro, uma adolescente de 13 anos, internada no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, agora tem acompanhante 24 horas. A medida foi implementada pela direção da unidade para que a menina não fique mais sozinha, já que a violência sexual teria sido praticada enquanto ela estava desacompanhada.
A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que, em nota, disse que "a direção do hospital permanece prestando total amparo, atendimento e acolhimento à menor, bem como acatando qualquer ordem judicial a respeito do caso. A unidade disponibilizou um profissional para acompanhamento da paciente durante 24 horas. A equipe multidisciplinar da instituição estabeleceu contato com os responsáveis pela paciente."
Questionada sobre o início do acompanhamento 24 horas e se a medida era uma decisão do hospital ou determinação de outra instituição, a Sesa não respondeu. Assim que o órgão se manifestar, a matéria será atualizada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) após uma técnica de enfermagem registrar boletim de ocorrência na sexta-feira (4) a partir de relatos da adolescente, que está hospitalizada há cerca de três meses devido a problemas psicológicos.
O boletim de ocorrência indica que, na quinta-feira (3), a adolescente estava no quarto, deitada na cama, quando o enfermeiro entrou e trancou a porta. Ele, então, teria mandado a menina tirar toda a roupa e feito o mesmo logo em seguida. Na sequência, o enfermeiro manteve relações sexuais com a adolescente, ainda segundo o registro policial.
Após o abuso, o funcionário teria feito ameaças à garota com uma arma, dizendo que, se ela contasse o que havia acontecido, mataria toda a sua família. "O bagulho é mais embaixo", teria dito o enfermeiro, segundo a adolescente.
A Polícia Civil não deu novas informações sobre o caso. A assessoria de imprensa da instituição foi procurada para esclarecer sobre exames na adolescente e andamento do caso, mas, em nota, disse apenas que "detalhes não serão divulgados para preservar a investigação."
O enfermeiro suspeito de praticar o estupro foi desligado do quadro do hospital. A Sesa menciona, também em nota, medidas administrativas em relação ao ex-funcionário, porém não descreveu que providências podem ser adotadas além do encerramento do contrato.
"Vale ressaltar que medidas administrativas estão sendo adotadas quanto ao funcionário, que já foi desligado do quadro de colaboradores. A direção do Himaba está à disposição das autoridades para colaborar na apuração do fato e destaca que repudia qualquer situação de violência, assédio moral e sexual", finaliza a Sesa.
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