Os adolescentes envolvidos nos assaltos a motoristas de aplicativo na última semana, na Grande Vitória, pretendiam trocar os veículos roubados por armas, segundo a Polícia Civil. Os crimes terminaram na morte do motorista Acássio Caliman, na última segunda-feira (17), em Vila Velha. No dia anterior uma outra vítima foi esfaqueada pelos jovens em Cariacica e ficou gravemente ferida.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy de Arruda, os adolescentes tinham como objetivo trocar o carro por uma arma. Na negociação, o veículo valia R$ 1.000 para os criminosos. "Eles iriam se armar no tráfico. São jovens violentos, perversos, que não sentem a dor do outro", declarou.
O primeiro assalto cometido pelos adolescentes aconteceu no dia 16 de fevereiro, em Jardim Botânico, Cariacica. Neste crime também estavam duas meninas, de 15 e 17 anos, que foram apreendidas pela polícia. Após esfaquear um motorista de aplicativo de 36 anos, os jovens fugiram com o veículo. Eles abandonaram o carro em um matagal em Ulisses Guimarães, mas ao voltar à noite para buscar o veículo que seria vendido para a compra de uma arma, eles se depararam com a polícia.
No dia seguinte, os dois rapazes realizaram o segundo assalto em Vila Velha, que terminou na morte do motorista Acássio Caliman. Um dos adolescentes enforcou a vítima com um cabo de computador enquanto o outro esfaqueou o motorista. Após retirar Acássio do carro, os jovens fugiram levando o veículo.
"Assim como no primeiro crime, eles abandonaram o carro e voltaram para buscar mais tarde. Mas, mais uma vez, a polícia já havia localizado o veículo. Acreditamos que se não tivessem sido contidos. eles continuariam cometendo outros crimes. São jovens sem limites",afirmou Arruda.
A polícia informou que a investigação dos crimes levou ao nome de um dos adolescentes. O jovem havia confessado ao pai, que levou o filho até a delegacia para se entregar. O adolescente contou detalhes do crime e revelou o nome das outras pessoas que estavam nos assaltos. Os dois rapazes já foram apreendidos por tráfico e roubo. Já as meninas não possuíam passagem pela polícia. Eles foram encaminhados para Unidades Socioeducativas.
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