Uma advogada e o marido dela foram assassinados na tarde deste domingo (18) em um sítio na localidade de Colina Verde, em Santa Leopoldina, na Região Serrana do Espírito Santo. A suspeita é de que o crime teria sido motivado por uma disputa de terra.
A advogada morta foi identificada como Marinelva Venturim de Paula, de 62 anos. Ela era casada com o iraniano Dali Atashi, de 67 anos. A morte do casal foi confirmada pelo pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Espírito Santo, José Carlos Rizk Filho. Segundo ele, as investigações serão acompanhadas de perto porque o crime teria sido motivado por uma briga envolvendo o sítio onde o casal foi morto.
"Ainda estou apurando os detalhes, porque o crime foi ontem à noite. Existe a suspeita de ter vínculo com a questão de terra. Nós vamos acompanhar o inquérito", afirmou.
De acordo com a ocorrência da Polícia Militar, o casal foi morto a tiros. Quando os militares chegaram ao local, encontraram os corpos do casal na entrada da residência.
"Na tarde do último domingo (18), policiais militares foram acionados para irem até a localidade de Colina Verde, em Santa Leopoldina, pois os proprietários de uma estância haviam sido baleados. No local, a equipe encontrou o casal caído no hall de entrada da residência. O Samu foi acionado e constatou o óbito das vítimas. Buscas foram realizadas, mas nenhum suspeito de cometer o crime foi detido. A Polícia Civil foi acionada", diz a nota enviada pela PM.
Os dois corpos chegaram ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória pouco antes das 21h deste domingo (18). Segundo funcionários do DML, os corpos ainda precisam passar por exames para que seja determinada a causa das mortes.
De acordo com informações da família, o casal vivia há cerca de 20 anos no sítio onde o crime aconteceu. Marinelva Venturim de Paula deixa duas filhas e cinco netos, e o marido Dali Atashi deixa também outras duas filhas, que vivem nos EUA, e um neto.
À reportagem da TV Gazeta, policiais contaram que todos os moradores da região serão ouvidos na condição de testemunhas. O caseiro foi quem ouviu os tiros e encontrou os corpos do casal. "Ouvi disparos e achei que era bomba. Foram tiros seguidos", detalhou. "Ouvi os tiros, chamei o nome do Dali, ele não respondeu. Quando entrei, me deparei com os dois no chão", contou o rapaz.
Ele diz ainda que na casa do casal tem câmera e sensor ao redor. "Não alarmou nada, ninguém arrombou. Ele veio atender a pessoa porque estava com a chave na mão", completou.
Ainda à reportagem da TV Gazeta, a polícia disse que não descarta nenhuma hipótese, mas diz que a de latrocínio (roubo com morte) é pouco provável, porque nada foi roubado. Os policias recolheram celulares das vítimas, um computador, imagens das câmeras de segurança e duas armas, que estavam registradas em nome de Dali.
Vizinho do casal há muitos anos, o lavrador Osvaldo Reich afirmou que Dali era um homem bom, e que não há nada de mau a relatar sobre o casal. "Ele era simpático e conversava com todos, não tinha problema com ninguém", concluiu.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou por nota que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Santa Leopoldina. "Até o momento nenhum suspeito foi detido e outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada", diz a nota.
A Polícia Civil lembra ainda que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181. As denúncias podem ser feitas pelo telefone ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
Com informações do G1 ES.
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