A advogada Michaella Zukowski, de 25 anos, foi mais uma vítima de violência no Espírito Santo. No último sábado (8), ela estava dentro de um carro com o pai e o irmão, na Rodovia do Sol, todos a caminho do Aeroporto de Vitória, quando foi surpreendida ao ser atingida por uma pedra utilizada em calçamentos. A jovem teve afundamento do crânio e está internada em um hospital de Vitória. O caso de violência contra a advogada, no entanto, não foi o único no Estado a acontecer de forma inesperada e em uma região movimentada. Em anos anteriores, pessoas foram agredidas com puxões de cabelo e pauladas. Uma mulher chegou a ser morta com um vergalhão.
No caso registrado no último sábado (8), em que Michaella Zukowski foi ferida enquanto passava pela Rodovia do Sol, em Vila Velha, a vítima foi socorrida e levada para um hospital no mesmo município. As três pessoas que estavam no carro embarcariam para Minas Gerais, onde estava programado para acontecer o velório do avô da advogada. O suspeito fugiu e não foi mais visto pelos ocupantes do veículo.
Após o primeiro atendimento, Michaella foi transferida para um hospital particular de Vitória, onde permanecia internada até a tarde de domingo (9). A advogada passou por um procedimento para fechar a ferida e deve passar por outra cirurgia de reconstrução óssea. A jovem está consciente, mas não tem previsão de alta.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil informou que, inicialmente, o caso segue sob investigação do 8º Distrito Policial de Vila Velha, que trabalha para que o suspeito seja identificado e responsabilizado. A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado.
Em anos anteriores, outras pessoas também foram agredidas no meio da rua. Em um caso específico, uma empresária foi morta com um vergalhão. A Gazeta reuniu alguns casos que aconteceram no Estado em anos anteriores.
Uma universitária de 19 anos foi agredida por um morador em situação de rua na Mata da Praia na manhã do dia 2 de março deste ano. A vítima estava esperando uma carona para ir à faculdade quando o suspeito apareceu, arremessando a jovem no chão. Sem dizer nada, o homem puxou o cabelo dela. O homem ainda gesticulou na direção dela, como se estivesse dizendo algo. A câmera que registrou as imagens, porém, não captou áudio.
Em entrevista à TV Gazeta, a mãe da jovem, que também preferiu não se identificar, disse que a vítima ficou traumatizada. "Ela ficou machucada no braço, no rosto, na nuca, na coluna. Ela está muito abalada. É preciso ter uma solução, afinal, nós pagamos impostos altos, caríssimos. Como mãe, eu espero que esse agressor seja preso", disse na época.
O morador em situação de rua que agrediu a universitária foi detido no dia 6 de março. O homem não teve a identidade divulgada pela polícia. Ele, no entanto, foi ouvido e liberada.
Rogério Tavares Cardoso, de 61 anos, identificado como presidente da Federação Espírito Santense de Jogo de Damas, foi atacado com golpes de madeira por um homem em situação de rua na Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória. Ele conversava com amigos no local quando foi surpreendido. O agressor fugiu em seguida em não foi localizado.
A vítima foi internada em estado grave. Rogério recebeu alta do hospital dias depois.
Um caso de muita comoção no Espírito Santo foi a morte da empresária Simone Venturini Tonani, de 42 anos, atingida na cabeça por uma barra de ferro em maio de 2018. Ela dirigia o carro quando foi atingida por um vergalhão de 1,5 metro lançado por um morador em situação de rua, quando estava na Avenida Champagnat, na Praia da Costa, em Vila Velha.
Com o objeto preso à cabeça, a empresária perdeu o controle do carro e acabou batendo em outro veículo. O filho de Simone estava no carro e foi retirado por pessoas que se aproximaram da veículo após o crime.
O homem suspeito de arremessar o vergalhão foi preso pela Polícia Militar cerca de 20 minutos depois do crime, ainda em Vila Velha. Felipe Rodrigues Gonçalves, vulgo Alemão, foi autuado por homicídio triplamente qualificado. Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado da Justiça, que monitora o sistema prisional, informou que o homem segue preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha.
Os quatro casos citados, com exceção da agressão sofrida pela advogada no último sábado (8), foram causados por moradores em situação de rua, segundo a polícia. No caso de Michaella Zukowski, porém, não há informações sobre o suspeito.
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