As advogadas Luezes Makerlle da Silva Rocha e Gabriela Ramos Acker, presas na primeira fase da Operação Ponto Cego, continuam detidas no presídio feminino, em Cariacica. A Comissão de Prerrogativas da OAB-ES havia entrado com um habeas corpus solicitando que as acusadas cumpram a prisão em regime domiciliar caso não seja disponibilizada uma sala de Estado Maior para elas. O pedido se baseia em uma lei federal, que prevê instalação especial para advogados em prisão cautelar.
No entanto, até o final da noite desta quinta-feira (22), a Comissão de Prerrogativas não havia tido retorno se o pedido havia sido apreciado pelo Tribunal de Justiça ou não.
Luezes e Gabriela são suspeitas de escrever cartas com recados de bandidos encarcerados para outros criminosos do Espírito Santo. Uma perícia comprovou que a letra dos recados eram das advogadas detidas. Elas foram presas na manhã de terça-feira (20), pelo Núcleo de Repressão à Organizações Criminosos (Nuroc).
"Não houve alterações ainda no processo, ou se teve, ainda não fui informado. Pode ter havia uma decisão agora, no final da tarde, e que não conseguimos ter acesso. Assim, só teremos acesso na sexta-feira, ao meio-dia. Na quarta-feira, um represente da OAB foi visitá-las somente para colher detalhes para a confecção dos habeas corpus que exige o cumprimento da lei federal que prevê que a custódia do advogado seja na Sala de Estado Maior", explicou Eduardo Sarlo, diretor de Direitos e Prerrogativas da Seccional da OAB-ES.
No pedido de habeas corpus foi feito na quarta-feira (22). Sarlo explicou que a Ordem dos Advogados Brasil - Seccional Espírito Santo (OAB-ES) informa que está acompanhando as investigações sobre o caso e que já avalia, dentro da legislação vigente, a possível abertura de processo ético-disciplinar contra as advogadas acusadas.
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