Um advogado criminalista identificado como Edson Faria dos Santos, de 38 anos, foi assassinado com 11 tiros na noite do último sábado (5) dentro da área do condomínio onde mora no bairro Nova América, em Vila Velha.
Em conversa com a reportagem de A Gazeta, a esposa da vítima contou que a família está estarrecida com a morte do advogado. "Ele não mexia com nada de errado, era um pai de família, trabalhador e muito querido no bairro", contou a cozinheira Aparecida Oliveira, de 46 anos.
A cozinheira disse que o marido havia acabado de sair do apartamento antes de ser assassinado e, momentos depois, quando ela saiu, já o encontrou morto, atingido por 11 disparos. A família agora busca entender o que motivou o crime e pede por justiça. "Por enquanto, não temos indícios de nada", manifestou.
O velório de Edson ocorreu neste domingo (6), em Vila Velha, e o sepultamento, na manhã desta segunda-feira (7), no bairro Nova Almeida, na Serra.
Consta no Boletim de Ocorrência que o advogado portava dois carregadores de pistola calibre 9mm e tinha registro de uma arma, possivelmente subtraída pelos executores.
O assistente de acusação, advogado Taylon Gigante, afirmou que a morte do criminalista é um atentado não só contra a categoria, mas contra o Estado Democrático de Direito. "É inaceitável que a advocacia, um serviço indispensável à Justiça e ao funcionamento do Estado, tenha se tornado uma atividade de elevado risco. Ceifar a vida daquele que foi responsável pelo Direito de Defesa de tantas pessoas é de uma crueldade sem tamanho. Não tenho dúvida, que a família perde um pai exemplar e a sociedade perde um profissional íntegro e honrado! De fato, condutas medievais, bárbaras e truculentas como esta devem ser rapidamente investigadas e punidas, para que a cidadania prevaleça", manifestou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha e, até o momento, nenhum suspeito foi detido. O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
"A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado", destacou a corporação.
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