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Advogados estão na lista de alvos de operação contra o tráfico no ES

Advogados estão na lista de alvos de operação contra o tráfico no ES

Segundo o Ministério Público, grupo criminoso age de "forma organizada e contínua" e "há o envolvimento de pessoas que se utilizam indevidamente de prerrogativas da advocacia"

Publicado em 28 de novembro de 2024 às 13:02- Atualizado há 5 horas

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11 mandados de prisão e outros seis de busca e apreensão após denúncia do MPES
Ao  fundo, viatura do BME — equipe também participou da Operação Baeza. (Divulgação | MPES)

Uma operação deflagrada nesta quinta-feira (28) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo, teve como objetivo o cumprimento de 11 mandados de prisão preventiva e outros seis de busca e apreensão no âmbito de uma investigação sobre tráfico de drogas e organização criminosa em Viana.

Segundo o MP, grupo criminoso age de "forma organizada e contínua" e "há o envolvimento de pessoas que se utilizam indevidamente de prerrogativas da advocacia para atuar na transmissão de mensagens ilícitas entre os criminosos, planejando e executando crimes, em especial o tráfico de entorpecentes e crimes cometidos em Viana".

Dezesseis pessoas foram denunciadas pelos crimes — 11 delas tiveram a ordem de prisão. Não há detalhes sobre quantas prisões foram efetuadas durante a manhã, mas o MP classifica que quatro dos investigados que figuram como réus estão foragidos. Os autos tramitam na 3ª Vara Criminal de Viana. Nomes, no entanto, não foram divulgados.

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Dentre os crimes imputados estão os de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e delitos relacionados à posse, porte, guarda, manutenção em depósito, fornecimento, empréstimo e emprego de armas de fogo e munições

Ministério Público do Espírito Santo
Em nota à imprensa
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As medidas judiciais de interceptações telefônicas e de buscas e apreensões, dentre outras diligências investigativas, culminaram na obtenção de provas de tráfico de drogas, aquisição/porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio, por gestão criminosa de lideranças da organização criminosa que se encontram em unidades prisionais do Espírito Santo. Isso era feito, segundo a denúncia, por meio de familiares e advogados de presos, que garantiam comunicação criminosa com outros integrantes que estão em liberdade. 

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB-ES), foi procurada pela reportagem de A Gazeta, para comentar sobre a investigação envolvendo profissionais de Direito. Em nota, informou que "está buscando informações para tomar as providências cabíveis, observando as prerrogativas da advocacia e as normas do Código de Ética e Disciplina da OAB".

Operação Baeza

Toda a ação contou com a participação de policiais militares da Assessoria Militar do Ministério Público, policiais militares da Diretoria de Inteligência, 13ª Cia Independente e Batalhão de Missões Especiais (BME).

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