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Advogados são presos em operação do Ministério Público no ES

Advogados são presos em operação do Ministério Público no ES

Os advogados presos ficarão com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na Grande Vitória, Aracruz e São Mateus

Publicado em 19 de julho de 2021 às 14:02- Atualizado há 3 anos

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Equipe do Gaeco chega à sede do MP de V.V. com mais documentos apreendidos na Operação Armistício
Equipe do Gaeco chega à sede do MP de Vila Velha com mais documentos apreendidos na Operação Armistício . (Carlos Alberto Silva)
Errata Correção
19 de julho de 2021 às 17:50

Versão anterior desta matéria informava que nove advogados haviam sido presos. Contudo, foram nove mandados de prisão contra advogados, sendo sete efetivados até as 17h. O texto e o título da matéria foram corrigidos.

A Operação Armistício, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, resultou em mandados de prisão contra nove advogados. Eles são suspeitos de repassar ordens de criminosos que estão presos para comparsas que estão na rua. Os advogados presos ficarão com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na Grande Vitória, Aracruz e São Mateus.

De acordo com o Ministério Público, até as 17h desta segunda-feira (19), seis mandados de prisão contra os advogados haviam sido cumpridos. Outro advogado havia se entregado. Os dois restantes ainda não foram encontrados.

Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha
Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha. (Rodrigo Gavini)

Além dos mandados judiciais, foram cumpridas notificações de advogados para serem ouvidos perante o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha
Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha. (Rodrigo Gavini)

As investigações começaram em 2019 e apontaram que os advogados faziam a ligação entre os criminosos, repassando ordens de ataques a ônibus, tráfico de drogas e execuções. Além de conversas interceptadas, o número de visitas chamou a atenção. Um dos criminosos presos recebeu a visita de 80 advogados em um ano e meio. Algumas visitas duravam até cinco horas.

Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha
Movimentação em frente ao Ministério Público na Prainha, em Vila Velha. (Rodrigo Gavini)

Em um documento da investigação, é possível ver mensagens repassadas pelos advogados. Em um dos trechos, um dos criminosos fala em “quebrar” uma mulher. A OAB acompanhou toda a operação.

“O processo está em sigilo. Todas essas diligências a gente não pode comentar. A única coisa que a OAB fez foi acompanhar todos os cumprimentos de busca e apreensão e prisão para garantir sigilo profissional e o respeito a todas as prerrogativas dos advogados envolvidos”, disse Fábio Marçal, da Comissão de Prerrogativas da OAB/ES.

Cinco presos que estavam na Unidade II de Segurança Máxima em Viana foram identificados como envolvidos no esquema. Eles foram transferidos do sistema prisional capixaba para um presídio federal. São eles:

A operação de transferência teve apoio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal do Ministério Público (Getep), do Comando-Geral da PMES, da Secretária de Justiça e da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado do Espírito Santo, do Departamento Penitenciário Nacional do Governo Federal (Depen) e da Polícia Federal, que providenciou a aeronave que levou os presos.

NOTA DA OAB

A OAB-ES informa que está acompanhando o caso e acrescenta que tomará as providências cabíveis, observando o Código de Ética e Disciplina e as prerrogativas da advocacia.

Com informações de Aurélio de Freitas, da TV Gazeta

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