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Agente que saiu atirando em Vila Velha é atendido em hospital psiquiátrico

Agente que saiu atirando em Vila Velha é atendido em hospital psiquiátrico

Carlos  Alberto Souza Brito foi preso após atirar contra vizinhos  no meio da rua, em Aribiri, Vila Velha. A esposa dele também foi detida por colaborar com os crimes

Publicado em 20 de junho de 2020 às 15:13

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Agente da Guarda Municipal de Vila Velha foi levado para a delegacia
Agente da Guarda Municipal de Vila Velha foi levado para a delegacia. ( Reprodução/TV Gazeta)

Mantido em prisão preventiva por tentar matar sete pessoas, o agente da Guarda Municipal de Vila Velha, Carlos Alberto Souza Brito, recebeu atendimento psiquiátrico, neste sábado (20). Ele foi preso no final da tarde de quinta-feira (18) após atirar três vezes contra um eletricista que consertava um carro na frente da casa dele. Além de ferir o profissional, o guarda fez disparos contra outras seis pessoas, vizinhos dele e quem passava na rua, no bairro Aribiri, em Vila Velha

A arma usada no crime foi cedida pela corporação no uso em trabalho. De acordo com informações da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), o detento foi encaminhado para o Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacia, onde recebeu atendimento.  Depois, Carlos Alberto foi levado, novamente, por agentes  para a Penitenciária de Segurança Média 1.

Na audiência de custódia de sexta-feira (19), a Justiça determinou que Carlos Alberto respondesse pelos crimes preso.  Para a juíza Raquel de Almeida Valinho há indícios que incriminam o agente e deixá-lo solto poderia oferecer risco às vítimas ou testemunhas do caso. Para converter a prisão em flagrante em preventiva, ela também considerou o fato de que Carlos Alberto já teve uma passagem pela polícia.

"Existem provas suficientes da existência de crime e fortes indícios de que os autuados realmente tenham praticado o crime que lhes foram atribuídos. A liberdade, neste momento, se mostra temerária, uma vez que poderão voltar a cometer atos da mesma natureza, eis que já possuem registros criminais", relatou a juíza na decisão. 

Agente da Guarda atira em eletricista em Vila Velha
Agente da Guarda atira em eletricista em Vila Velha. (Reprodução)

As imagens registradas por uma câmera de segurança (veja vídeo abaixo) mostram que, no momento dos disparos, o agente estava acompanhado da esposa Lidia Santos Pereira. Por isso, os dois receberam o mesmo encaminhamento no processo, cuja abertura fora solicitada por cinco pessoas.

Os crimes anteriormente cometidos pelos indiciados, que culminaram na assinatura de dois termos circunstanciados e de uma guia de execução penal por parte de Lidia, não foram esclarecidos pelo texto da decisão. 

Vale lembrar que todos os prazos do Judiciário estão suspensos por causa da pandemia do novo coronavírus, o que afeta também a realização das audiências de custódia e permite, desde que atendidos os devidos requisitos, que sejam realizadas posteriormente.

ENTENDA O CASO 

A própria Guarda Civil de Vila Velha foi acionada para atender a situação que ocorreu no Aribiri, durante a tarde desta quinta-feira (18). À equipe, o agente Carlos Eduardo Souza Brito afirmou que um homem teria tentado invadir a residência dele, razão pela qual ele teria atirado. O eletricista ferido foi socorrido e levado para um hospital.

No entanto, uma câmera de monitoramento flagrou que a vítima estava trabalhando em um carro, quando foi atingida pelos tiros que vieram de dentro da casa do agente. Ao chegar à calçada, Carlos Eduardo ainda dispara na direção de outras pessoas que estavam na rua. A todo momento, a esposa dele aparece ao lado.

O casal, então, acabou levado para a Delegacia Regional de Vila Velha pela Guarda Civil da cidade. A arma usada no crime também foi apreendida. Em nota, a Polícia Civil afirmou que os suspeitos foram autuados em flagrante por sete tentativas de homicídio e encaminhados ao sistema prisional.

POSICIONAMENTO DA CORPORAÇÃO

Secretário de Defesa Social de Vila Velha e chefe da Guarda Civil, Oberacy Emmerich concedeu uma entrevista para a TV Gazeta e garantiu que um processo administrativo já foi aberto para investigar o caso. "As imagens falam por si só. Ele não usou nenhuma técnica de abordagem. É um infrator. Nenhum agente está na rua sem avaliação psicológica e esse é um caso isolado", afirmou.

Questionada por A Gazeta se considerava os antecedentes criminais para a contratação de agentes, a Guarda Civil de Vila Velha garantiu que sim. "Para isso é feita uma investigação social da vida pregressa", explicou por nota. Bem como garantiu que "não consta nada em desfavor" de Carlos Alberto, já que o termo circunstanciado citado está "arquivado/baixado".

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