A menina de 6 anos agredida em Linhares, Norte do Espírito Santo, continua internada em Colatina, no Noroeste do Estado. De acordo com o avô materno, a neta apresentou melhora, respira sem a ajuda de aparelhos, mas “ainda não se move, nem mexe os olhos”. Segundo as investigações, a agressão teria sido feita pela madrasta com a conivência do pai da criança.
Na UTI há quase um mês, a menina completou 6 anos no hospital. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, o avô dela relatou que a equipe médica constatou muitas lesões no crânio, sendo necessário intubá-la, mas o quadro de saúde evoluiu e ela já respira sem a ajuda de aparelhos.
A melhora, no entanto, ainda inspira cuidados. A criança ainda não se move, nem se mexe, e deve ser liberada do hospital, na próxima semana, para continuar o tratamento em casa, que fica em São Mateus.
“Ela está melhorando. Já não precisa mais do respirador para respirar, mas ainda não se move nem mexe os olhos por conta própria. Os médicos falaram que a recuperação é lenta, foram muitas lesões no crânio. Mas o bom é que ela vai vir para casa, aqui em São Mateus, pra continuar sendo cuida. No hospital tem risco de infecção e de pegar alguma doença”, contou.
Procurada na manhã desta segunda-feira (21), a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) afirmou que o pai e a madrasta continuam presos. Ele no Centro de Detenção Provisória de São Mateus, e ela no Centro Prisional Feminino de Colatina.
O casal é suspeito de ter cometido o crime de agressão contra a criança. A prisão foi decretada no dia 26 de maio. Após as investigações, a Polícia Civil concluiu que as agressões foram praticadas pela mulher com a conivência do pai da menina. Eles foram indiciados por lesão corporal grave e tortura.
No dia 24 de maio, uma menina de 5 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Shell, em Linhares, com sinais de agressão física e sexual. Devido à gravidade das lesões, ela foi transferida para a UTI de um hospital em Colatina.
O médico que atendeu a criança fez contato com o Conselho Tutelar, que chamou a Polícia Militar. A equipe médica relatou aos policiais sobre os sinais de agressão. Diante disso, o pai e a madrasta foram conduzidos para a 16ª Delegacia Regional de Linhares.
Em depoimento, o casal relatou que as lesões foram provocadas por um medicamento que ela teria feito uso. O delegado de plantão entendeu, naquele momento, que não havia indícios de autoria, assim, não manteve o pai e a madrasta detidos. Dias depois, eles foram presos.
O médico legista da Polícia Civil confirmou a agressão contra a criança e descartou que a criança sofreu abuso sexual.
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