Um estudante de 15 anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Maria Stella de Novaes, que fica no bairro Grande Vitória, na Capital, pediu a um adolescente de 17 anos do estado de Minas Gerais que fizesse a ameaça de ataque armado no Instagram do colégio porque não queria a volta das aulas presenciais. A informação foi confirmada pela Polícia Civil durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27) e, segundo a corporação, o garoto não tinha a intenção de cometer o massacre.
A ameaça foi publicada em uma postagem do perfil oficial da escola no Instagram no último dia 12. Na publicação, o autor fez um comentário dizendo que mataria o máximo de estudantes com arma e canivete. A escola atende crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. Segundo o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), os dois adolescentes se conheceram em um jogo onilne.
"Identificamos um adolescente residente no município de Vitória e também um adolescente residente no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O adolescente residente aqui no Estado conheceu esse rapaz de Minas Gerais através de um jogo online e, desde 2017, eles vinham mantendo conversas em relação a jogos e outros assuntos também", disse.
Brenno Andrade ressaltou que os adolescentes afirmaram tratar-se de uma brincadeira e que não tinham a intenção de promover um ataque à escola Maria Stella de Novaes, mas que, mesmo assim, configura crime de ameaça. As investigações, porém, vão continuar, tanto pela polícia mineira quanto pela capixaba, porque foram encontradas imagens que remetem ao nazismo no computador do adolescente de Minas Gerais.
"Nos dispositivos deste adolescente de 17 anos de Minas Gerais foram encontrados símbolos de suásticas referentes ao nazismo, isso é um outro crime também. Em relação ao adolescente daqui, ele vai responder pelo crime de ameaça e também por causar pânico ou tumulto", argumentou.
O delegado citou, também, que ambos os adolescentes possuem características de reclusão, como passar muito tempo em casa usando o computador e sem fiscalização dos pais. Ele fez um alerta para pais, que fiscalizem o conteúdo que os filhos estão consumindo na internet.
"Fica o alerta: se você não fiscaliza, tanto na vida real quanto no mundo cibernético, alguém vai dar atenção ao seu filho e essa pessoa pode ser um criminoso. Os pais tem que fiscalizar sim. O adolescente daqui disse que sentia que não tinha voz, não tinha um bom relacionamento com os pais e falou que tinha problemas com colegas de escolas. Essas características devem ser observadas pelos familiares", completou o delegado.
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